Corlys Velaryon

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Mensagem  Dean Sáb Jun 03, 2017 1:29 pm

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Dean

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Corlys Velaryon Empty Re: Corlys Velaryon

Mensagem  Dean Sáb Jun 17, 2017 3:40 pm

Season Two, Capítulo 2

- - ? Red Keep: Kingsguard, Corlys Velaryon ? - -

Coroa - King's Landing diz:
O Guarda Real não conseguiu acreditar em seus olhos quando chegou no porto e viu quase duas dezenas de meretrizes descendo do navio. Não era de seu feito confiar tanto assim nas pessoas, já não podia dizer que confiava naquelas que lhes eram mais próximas, imagina então, dizer que confiaria em estranhos. Via toda aquela situação como um perigo que poderia vir para a princesa, e com um olhar desgostoso, permaneceu calado diante daquilo que lhe era apresentado - não era sua tarefa opinar no que a Princesa fazia ou não. Apesar de que isso não lhe tirava o direito de contar ao Rei para que ele tomasse providências, se assim ele quisesse.

Não estava na Guarda Real a muito tempo, e apesar de ter sido consagrado com o Manto Branco junto dos outros quatro irmãos, ainda assim, podia ser considerado o mais velho dentro da irmandade, depois de Barristan, claro. Foi o primeiro dos cavaleiros que aceitou a tomar a capa branca e proteger a família real.

No entanto, a vida de Guarda Real era muito mais apertada do que imaginava. Poucas horas de sono e muito tediosa. Passava dia atrás de dia plantado como uma estátua atrás daquela que havia sido designado proteger. Atento como um falcão e sempre preparado para qualquer perigo. Uma vida de paranoia, onde qualquer um, pode a qualquer momento, atentar contra a vida de sua protegida.

Rhaenys não facilitava muito o seu trabalho. Sempre querendo passear e andar pela cidade. Alegre e energética. Além de claro, ser sempre muito intima. Sempre agarrando os braços de Corlys e o abraçando enquanto estão juntos. Sorrindo para ele de forma provocante, e dizendo coisas que normalmente, uma princesa não deveria dizer. Já estava se acostumando com a Targaryen, mas sentiu que ela havia extrapolado os próprios limites com aquela última compra. Continuou fazendo sua proteção até o fim do dia, até que, finalmente já de volta na Fortaleza Vermelha, pode tirar algumas horas de sono. Ainda assim, evitou deixar a Princesa sozinha com suas novas "amigas"

Corlys acordou no começo do dia. O sol mal havia nascido e o Guarda Real já estava de pé. Aproveitou-se que a Princesa havia ficado acordada até mais tarde, e teve a manhã de "folga", podendo assim, tirar um tempo livre para fazer o que bem entendesse. Sabia no entanto, que sua presença era requisitada na parte da tarde, em uma reunião do conselho de guerra do rei, onde todos iriam discutir as estratégias e planos para as rebeliões que enfrentavam.

Corlys Velaryon diz:
. - A rotina era tamanha que de certo ponto em diante começou ser difícil diferenciar um dia do outro. O cotidiano já era monótono, mas de alguma forma os quartos humildes dos seis irmãos brancos subordinados conseguiam ser ainda mais entediantes. E por isso não demoraria para se banhar, arrumar e vestir armadura, armas e capa antes de se juntar para o desjejum com os outros irmãos que encontrasse no salão comum da Torre da Espada Branca. Em um dia normal não trocaria muita conversa com os demais. Os cumprimentaria e responderia o que perguntassem, não muito mais do que isso. Ocasionalmente pedia algum conselho ao Lorde Comandante, fosse em assunto de armas ou de serviço da Guarda Real, e neste dia o conselho que pediria soaria único até para Sor Barristan, Corlys suspeitava. Procuraria pelo seu comandante no salão comum para discutir a recente aquisição da Princesa Rhaenys, algo que o Velaryon temia que serviria para quebrar a sua rotina de uma forma menos do que agradável.
Coroa - King's Landing diz:
O Comandante ainda estava na torre quando Corlys se apresentou para o desjejum. Barristan era sempre o primeiro a acordar e o último a ir se deitar. Mesmo já tendo uma idade muito mais avançada que os outros irmãos, o veterano cavaleiro ainda detinha uma energia impressionante.

Não conversaram coisas a mais do que o comum enquanto comiam. Conforme o tempo foi passando, um ou outro irmão acordava e se juntava à eles. Corlys percebeu que a cama de Garth estava arrumada e que o irmão não estava presente na Torre da Espada Branca, o que era incomum.

Encontrou-se com Barristan na sala de reunião dos próprios Guardas Reais. O Livro Branco estava sempre em cima de uma mesa redonda, sempre no centro, com o registro de todos os irmãos que haviam se juntado e morrido naquela irmandade. Barristan terminava de ajeitar sua armadura e de afivelar sua espada na cintura para partir de encontro ao rei e iniciar sua guarda. Ele olhou para Corlys quando este se aproximou já percebendo que agora, o rapaz tinha algo importante para falar ou perguntar: - "Em que posso ajuda-lo, Corlys?"
Corlys Velaryon diz:
-- Sor Barristan. - Corlys curvou-se respeitosamente diante do Lorde Comandante, como costumava fazer. - -- Gostaria de discutir com o senhor a mais recente proeza da Princesa. - Antes já havia comentado sobre os passeios de Rhaenys. Incomum era que o Velaryon tivesse que escolher suas palavras ao falar com Barristan. Suspirou e afagou a barba. Não tinha paciência para açucarar as suas palavras e nem estava fazendo nada de errado ao compartilhar o que sabia com o Comandante. Os irmãos da Guarda Real não deveriam manter segredos uns dos outros e nem do Rei. - -- Sua Graça a Princesa Rhaenys comprou a liberdade e os serviços de uma vintena de cortesãs lysenas e pretende utilizá-las como espiãs e futuramente ocupar o cargo de Mestre dos Sussurros. Sem o conhecimento do rei. - Corlys deu um momento para que o outro pudesse digerir aquela notícia. Em todos os anos de experiência duvidava que o homem teria passado por uma situação sequer semelhante àquela. - -- O senhor deve imaginar a minha preocupação em ter a princesa cercada de meretrizes. Na minha opinião não se pode confiar nelas. Trabalharão para aquele que pagar mais, não diferente de mercenários. - "Porém em um ramo de trabalho completamente diferente", guardou para si. Não era do seu feitio fazer piadas sobre o seu dever. E nem de qualquer outro assunto. - -- Portanto estou na situação em que devo escolher entre obedecer a princesa e guardar os seus segredos, ou contar ao rei e colocar a proteção de Rhaenys em primeiro lugar, que é o que pretendo fazer. O que o senhor me diz?
C - Barristan Selmy diz:
Barristan terminou de prender a capa branca junto da armadura e voltou sua atenção para Corlys. Seu olhar calmo e sereno deu lugar à um surpreso e preocupado: - "Pelos Sete..." - Ele comentou inicialmente enquanto o Velaryon lhe contava e detalhava sobre as meretrizes que a Princesa havia comprado. - "De onde a Princesa tirou uma ideia dessas? Ocupar o cargo de Mestre dos Sussurros?" - Ele sacudiu a cabeça negativamente e cruzou os braços pensativo: - "Tens um problema em mãos, Corlys. Um bem grande. Rhaenys sempre consegue tudo o que quer. Com o Rei sabendo ou não. Conte a Rhaegar e ele provavelmente vai repreender a filha, mas de uma forma ou de outra, ela vai convence-lo de que é uma boa ideia, ou ao menos, vai fazer com que ele deixe ela manter suas novas... Amigas." - Ele se aproximou de Corlys e colocou uma de suas mãos em um dos ombros do irmão. - "Rhaegar mima a filha, isso todos sabemos. Se contar ao Rei, sua protegida ficará descontente, mas sua segurança é mais importante. No entanto, não dá para saber o que o Rei iria de fato fazer. Essas meretrizes, estão aqui dentro da Fortaleza Vermelha?" - Perguntou.
Corlys Velaryon diz:
. - A reação de Barristan não foi muito diferente da de Corlys. Só faltou ter Rhaenys agarrada em um de seus braços e teria sido praticamente a mesma. Corlys negou com a cabeça e continuou sério. - -- Não, senhor. Mas imagino que em pouco tempo estarão passeando pelos corredores sob alcunhas de "aias" da Princesa. - Mexeu nos cabelos e ajeitou-os com uma das mãos ao suspirar e dizer ao seu comandante quais eram as suas intenções. - -- Pedirei a Rhaenys que conte ao rei o que pretende fazer. Se ela se recusar, direi que contarei eu mesmo. Ela não gostará de qualquer forma, mas ao menos estará avisada. - Rhaenys era toda sorrisos e abraços até o exato momento em que era contrariada. Não seria agradável mas era o que precisava ser feito. - -- O rei precisa saber e eu não correrei riscos desnecessários na proteção da Princesa. E se Rhaegar concordar com a filha... Meu trabalho ficará bastante mais complicado, penso eu. - Julgava ser o melhor que podia fazer naquela situação sem quebrar os seus votos mais importantes. Entre proteger e obedecer a caprichos, tinha que escolher proteger.
C - Barristan Selmy diz:
. - "Não queria estar em sua pele, Corlys. Quando a garota é contrariada... Ser Arys me confidenciou que ela faz de sua vida um verdadeiro inferno." - O Comandante falou concordando com as palavras seguintes do irmão. Ele prendeu a espada na cintura e preparou-se para se retirar. - "Sempre escolha a proteção, Corlys. Não há honra se falharmos em nosso dever. Não importe qual seja a escolha, a proteção da família real vem sempre em primeiro lugar. É a isto que estamos presos do dia que vestimos essa capa, até o dia em que fecharemos nosso olho para o sono profundo." - Ele abriu um sorriso gentil, desejou boa sorte ao Velaryon, e partiu para o encontro do Rei.
Corlys Velaryon diz:
. - Corlys assentiu sem sorrir de volta. Já quase podia ver a expressão da princesa quando desse a ela o ultimato sobre informar o rei. O sorriso de Rhaenys sumiria, uma das sobrancelhas se ergueria e seus lábios se apertariam levemente como que em birra. Era impressionante o quanto se vinha a aprender sobre aqueles que se protegia. Corlys sabia dos vinhos que a princesa mais, do que preferia comer em cada refeição, dos vegetais que não gostava, e das flores que mais lhe agradavam. Só havia uma única outra pessoa que o Velaryon poderia dizer conhecer todos aqueles fatos... O pensamento sozinho já o amargurava. Em vez de se afogar em decepção preferiu e ir verificar se a princesa estava bem guardada e se continuava dormindo, como imaginava que estaria. Se estivesse correto então iria procurar alguma forma de ocupar o seu tempo. Talvez fosse falar com o primo e Lorde Velaryon para ver como iam as coisas e se precisava de alguma ajuda.
Coroa - King's Landing diz:
Também se retirou da Torre da Espada Branca e se dirigiu até os aposentos de Rhaenys. Corlys já estava tão acostumado com a Princesa que seu pressentimento se supôs correto. Ela ainda dormia. Com seu tempo livre então, se direcionou a ala dos Mestre dos Navios, a ala de sua própria família. Viu que no salão estava sua prima e tia, comendo, mas preferiu não se aproximar delas para evitar constrangimentos e principalmente, ter de falar com Alaessa. Foi até os aposentos privados do primo - que antes pertencia ao seu tio, e após bater três vezes e não receber resposta alguma, supôs que o primo estivesse ocupado e matou o tempo andando pelo castelo, até que finalmente, a Princesa quase ao meio-dia, finalmente acordou.

Do lado de fora do quarto de Rhaenys, Corlys escutou a doce e sonolenta voz da princesa o chamar. - "Corlys..." - ela falou em um tom mais alto para que ele escutasse do lado de fora. - "Corlysssssss!" - chamou uma vez mais e em um tom mais alto pelo Guarda Real. Quando o Velaryon entrou em seus aposentos, a Princesa estava vestida em uma camisola simples que deixava uma parte de seus peitos expostas e das coxas até os pés também descobertos. Estaria praticamente semi nua.
Corlys Velaryon diz:
. - "Deuses...", foi o que pensou surpreso logo a tempo de recuperar a compostura antes que seu queixo ficasse caído. Tinha observado Rhaenys por um instante, mas desviou seu olhar para a varanda e para a paisagem do lado de fora antes que seu corpo se dispusesse a trair seus juramentos. Por algum motivo viu-se pensando que se tivessem encontrado paz depois do Tridente estaria em boa posição conseguir Rhaenys como esposa. Isto é, se tivesse algum interesse por ela em vez da outra moça valiriana por quem era apaixonado. Casamentos entre Targaryens e Velaryons eram bastante comuns... Mas por que diabos estava pensando naquilo? Tinha vestido uma capa branca era essa a sua única esposa, por mais frustrante que isso fosse ao estar de frente com a princesa trajada daquela forma. Lembrou-se que devia dizer algo. - -- Vossa Graça, bom dia. - Curvou-se sem mais olhar na direção da Targaryen. - -- Dormiu bem? - O guarda real não estava exatamente confortável estando naquele quarto com uma princesa seminua, mas tentou tratá-la da mesma forma como teria feito em qualquer outra ocasião.
C - Rhaenys Targaryen diz:
A princesa assentiu com a cabeça respondendo à pergunta do seu protetor. Ainda estava acabando de acordar, e coçava um de seus olhos com a mão enquanto a outra escondia sua boca ao bocejar. A princesa se levantou dando as costas para o Guarda Real. Sua camisola era tão curta que se ela se espreguiçasse, Corlys poderia ver um pouco mais do que apenas as coxas de Rhaenys. - "Dormi, mas ainda estou cansada. Ontem foi um dia trabalhoso" - ela comentou de forma inocente enquanto parava de frente com um espelho e se olhava ali por alguns instantes. Ela voltou a olhar para o Guarda Real e deu um passo em sua direção. - "Vou precisar ir até a cidade hoje novamente, Ser. Tenho muito trabalho a fazer, pode deixar minha escolta pronta?" - O pediu de forma gentil e doce.
Corlys Velaryon diz:
. - Corlys não saberia dizer o que veria da princesa caso ela se espreguiçasse, pois o olhar do cavaleiro continuava desviado para longe de onde ela estava. - -- Como quiser, Vossa Graça. Se me permite, sou requisitado para o conselho de guerra que acontecerá em breve. Planeja ficar fora por muito tempo, princesa? - A julgar por quanto Rhaenys levava para se arrumar, não restaria muito tempo até que o Velaryon tivesse que retornar para a Fortaleza Vermelha, e não poderia deixar a princesa sozinha pela cidade. Fora a conversa que teriam sobre as "aias", que o guarda real previa que não seria nada boa. Lhe parecia inadequado estar falando com Rhaenys sem olhar para ela, mas se conteve para evitar observá-la de qualquer maneira.
C - Rhaenys Targaryen diz:
. - "Ah. É mesmo." - disse em um tom desapontada. - "Maldito conselho" - resmungou como que de praxe. Era o que ela fazia quando as coisas não seguiam o curso que ela queria. A Princesa percebeu o olhar desviado do Guarda Real e abriu um sorriso tímido. Se jogou na cama novamente ficando deitada de barriga para baixo e o chamou, tentando puxar seu olhar para si. "Corlysss." - falou de forma baixa como se o ouvido do homem estivesse do lado de sua boca. - "Você não pode faltar?" - ela perguntou com seu olhar mimado enquanto com as mãos, pedia para que ele se aproximasse. Sabendo que ele não iria fazer isso, ela esticou seu braço e pegou o Guarda Real pela mão puxando-o para perto. - "Eu sei, eu sei... Você não pode." - ela bufou chateada já sabendo qual seria a resposta e agora agarrada nos braços do Velaryon o pediu. - "E depois da reunião, você me leva?"
Corlys Velaryon diz:
. - Por um segundo tinha sido fraco e acabou admirando a pose da princesa deitada, porém não se demorou a mais uma vez mudar de foco. Desta vez ficou olhando para a parede. - -- Sim, Vossa Graça. Mais tarde poderei levá-la. - Deixou que ela pegasse na sua mão mas não permitiu que ela o puxasse para perto. Rhaenys podia fazer a força que quisesse mas Corlys duvidava que ela poderia movê-lo. Não por força... Preferiu pensar que Rhaenys não estava fazendo o que parecia fazer. Era uma princesa Targaryen, e não uma outra qualquer. De qualquer forma, decidiu que era uma boa hora para se retirar. Conversariam sobre as meretrizes lysenas em condições mais adequadas. - -- Estarei guardando a sua porta até a hora de ir ao conselho, princesa. Com sua licença. - Curvou-se mais uma vez e se soltou de Rhaenys para se retirar, sem esperar a resposta.
C - Rhaenys Targaryen diz:
. - "Oba!" - ela falou animada quando ouviu a resposta de Corlys. Até deu um pequeno salto na cama batendo suas palmas de excitação. Antes do Guarda Real se retirar, ela se aproximou dele e o abraçou dando um beijo em sua bochecha. - "Você é o melhor, Corlys!" - falou ainda feliz que ele tinha concordado. Deixou com que o Guarda Real se retirasse, e nada mais fez até que ele estivesse livre para leva-la a cidade.
Coroa - King's Landing diz:
O horário havia finalmente chegado. Os primeiros a chegarem no salão haviam sido o próprio Rei e o Comandante da sua Guarda Real. Barristan se posicionou em pé na direita da cadeira do Rei e permaneceu daquela forma. Rhaegar sentou-se em uma das cabeceiras da mesa retangular enorme que havia nos aposentos. Os próximos a chegarem foram os irmãos de Barristan. Corlys se posicionou a esquerda da cadeira do Rei. Merlon e Garth ficaram atrás da cadeira do Rei, e o único que não ficou próximo do Rei ou dos outros Guardas Reais, foi Ser Loras, que se posicionou atrás da cadeira onde sua irmã, Margaery se sentou. O Príncipe Aegon sentou-se ao lado de sua prometida, enquanto a Rainha, Cersei, sentou-se na cabeceira contrária ao lado da que o Rei estava. Os demais foram se alocando em lugares que não eram específicos. Entre eles, estavam os membros do Pequeno Conselho: a Mão do Rei, o Mestre dos Navios, o Mestre dos Navios e o Gran Meistre Pycelle. Outros presentes eram Darron Brune, comandante dos Capas Douradas. Addam Marbrand, Mestre de Armas da Fortaleza Vermelha. Tywin Lannister e seu filho Tyrion Lannister. Mace Tyrell e sua filha, Margaery e por fim, mas não menos importante, o infame Quentyn Martell, que apesar de poucos meses na Capital, já havia dezenas de boatos e rumores circulando sobre si e as vis coisas que fazia.
Corlys Velaryon diz:
. - Depois de ter passado o resto da sua guarda tentando esquecer o que tinha presenciado dentro do quarto da princesa, finalmente Corlys poderia fazê-lo sem esforço durante o conselho. O Velaryon fez uma longa reverência diante de Rhaegar Targaryen antes de tomar o seu assento. Tiveram alguns momentos em que poderiam ter discutido o assunto das "aias", porém já tinha se decidido de que daria a Rhaenys a escolha de quem contaria ao rei sobre as meretrizes, e pretendia manter-se ao plano. Retribuiu os cumprimentos daqueles que foram chegando, e quando viu o Connington sua expressão retorceu-se minimamente. Já havia se passado um ano inteiro e maldito e mesmo assim ainda sentia algum impulso de esganar a Mão quando o via. O que o deixava ainda mais irritado era que pensava que ser uma reação patética de sua parte. Tinha sido um tolo e perdido a sua oportunidade, e simplesmente não conseguia se conformar. Ao menos não teria nunca mais que olhar para a cara de Lucerys, se é que isso realmente valia por algo. Quentyn Martell chegou para também tomar a atenção do Velaryon. A notoriedade do dornês não tinha sido despercebida por Corlys, e na ocasião em que o Martell foi se apresentar à Rhaenys acabou sendo vigiado pelo cavaleiro branco com olhos como os de uma águia. Não o tirou da vista por um segundo e nem permitiu que ficasse sozinho com a princesa, embora não tivesse sido necessário ter que se impor quanto a esse assunto. Depois de ver estas duas "célebres figuras" em especial, Corlys já estava de mau humor. Ao olhar para o Velaryon da capa branca alguns daqueles presentes talvez pensassem que Lucerys tinha retornado dos mortos para o conselho de guerra. "Que os Deuses o mantenham bem enterrado", teria respondido o sobrinho do falecido lorde.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Quais são as nossas informações, senhores?" - O Rei perguntou sem mais delongas e iniciando o Conselho de Guerra.
W - Tywin Lannister diz:
. - "Quarenta mil homens, me parece ser o número que o Stark conseguiu reunir." - Tywin Lannister informou a todos na mesa. - "Cerca de doze mil são homens treinados, os restantes são selvagens que passaram para o sul da muralha." - continuou o Lorde Lannister. - -
W - Tyrion Lannister diz:
- "Há boatos também sobre mutantes e gigantes. Uma dezena de cada" - Tyrion Lannister completou o pai que lhe deu uma olhada de canto de olho. - -
W - Tywin Lannister diz:
- "Apenas boatos, Vossa Graça. Acho estupidez acreditar em tamanha história. Há séculos que gigantes e mamutes já não são mais vistos Além da Muralha. Se houvesse algum ainda vivo, a Patrulha da Noite teria tido informação sobre algo. Possivelmente é apenas uma tentativa de nossos inimigos de nos assustar. - Tywin voltou a falar.
Corlys Velaryon diz:
. - Por experiência Corlys sabia que a força dos selvagens estava apenas nos números. Qualquer exército treinado e bem ordenado poderia derrotar um número bem maior dos bárbaros do norte da Muralha. Agora quanto aos gigantes e mamutes... Entendeu o comentário como uma troça do anão. Todos ali já tinham passado da idade de acreditar que tais criaturas ainda viviam nesse mundo.
T - Mace Tyrell diz:
. - "A estimativa é que o Blackfyre tenha cerca de vinte e cinco mil homens dispostos a lutar por sua causa, Vossa Graça" - Mace Tyrell informou. - -
T - Randyll Tarly diz:
. - "Já reforçamos Horn Hill e Highgarden, mas se eles decidirem passar pelas Tempestuosas, pode ser que tenhamos problemas." - Desta vez quem falou foi o Mestre das Leis, Randyll. - "Precisamos de homens defendendo a subida pelas Tempestuosas e que sejam capazes de parar a investida dos Dourados." - completou. - -
S - Ethan Connington diz:
. - "Meu pai já reuniu seis mil homens nas Tempestuosas, Vossa Graça. Estão todos em Blackheaven para caso o Blackfyre decida mover seus homens por essa região." - a Mão do Rei, Ethan, tomou palavra. - -
D - Quentyn Martell diz:
. - "Seus mil homens não são o suficiente para parar minha irmã e meu irmão!" - Quentyn levantou sua voz. - "Ainda mais se ela colocar aquele desgraçado do Areo ou meu tio Oberyn como comandante dessas tropas!" - -
C - Maester Pycelle diz:
Desta vez foi a vez de Meistre Pycelle intervir. - "Não podemos enviar mais homens para reforçar nossa posição no sul. Já estamos muito expostos para o Norte milordes. Brandon Stark marcha com tudo para cima de nós, e não temos o apoio do Vale ou das Fluviais!" - ele recordou a todos.
Coroa - King's Landing diz:
Merlon apenas concordou com a cabeça e nada mais falou. Permaneceu no encalço do Príncipe, e ambos agora, finalmente voltaram escadaria acima para a Fortaleza Vermelha e passaram pelos corredores até chegarem na sala onde estava acontecendo o Conselho de Guerra. Aenar pode ver tantos rostos conhecidos, como alguns novos ao qual não tinha tido o prazer ou até mesmo, o desprazer de conhecer - um deles, era Quentyn Martell. O rapaz estava sentado em uma cadeira com os braços cruzados, como se aquilo que estava acontecendo fosse a coisa mais comum do mundo, e como se ele mesmo, fosse um convidado de honra e extremamente especial ali. Alguns dos membros cumprimentaram com a cabeça quando o Príncipe entrou acompanhado do Guarda Real, mas ninguém levantou a voz e interrompeu o que era discutido dentro da reunião.
Aenar Targaryen diz:
- - sentou-se em uma cadeira e observou todos que estavam lá, sua perna tremia como a muito tempo não o fazia, aquilo era o nervosismo, seu coração estava acelerado e sentia o suor se formando em sua nuca. - Ainda não temos o apoio do Vale e das Terras Fluviais. - encheu uma taça de vinho e começou a tomar, mas não disse nada, mantendo seus olhos fixos na mesa enquanto se lembrava do rosto de seu tio, como se estivesse em um outro mundo. As palavras ditas entravam por um ouvido e saiam pelo outro, enquanto Aenar só podia pensar em Viserys, e em como a partir daquele momento cada movimento seria um risco, uma aposta. - Pela manhã irei para o Vale dialogar com Petyr Baelish. - deu a notícia sem entusiasmo, olhando para o mesmo ponto da mesa. - Vou levar sor Merlon, sor Corlys e a espada dos Corbray comigo.
Corlys Velaryon diz:
. - Para o Velaryon havia alguma dúvida quanto à competência do Lorde Connington. Pelo que sabia ele tinha falhado em dar fim a Robert Baratheon na Batalha dos Sinos, e depois o castelo de Griffin's Roost tinha caído para piratas. Ou talvez ainda estivesse sendo implicante por seus próprios motivos egoístas. Resolveu não dar voz à sua objeção. Rhaegar devia ter algum motivo para confiar no Lorde Connington, mesmo que Corlys não o enxergasse. Desconhecia a forma como eram feitas as reuniões em Dorne, mas o tom de Quentyn Martell não o agradou nem um pouco. Havia bastante distância entre Dorne e King's Landing, por outro lado tinham as Terras dos Rios como um potencial inimigo bem à porta da capital. Corlys teria que concordar em não se exporem para o Norte. Quando descobriu as intenções do Príncipe Aenar, seus olhos cresceram em surpresa. O Velaryon virou-se na direção do rei para ver o que ele diria sobre aquilo. Se fosse essa a vontade de Rhaegar, então seria isso que Corlys faria.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Petyr Baelish disse que só trataria com a coroa se fosse pessoalmente, e no Ninho. Aenar se voluntariou para ir mesmo sabendo dos riscos e dos perigos que o aguardam lá. - o rei pousou sua mão na mesa e batucou com seus dedos enquanto dava seu parecer da situação. - "Precisamos fortalecer tanto o Norte quanto o Sul. Com a morte de Jon Arryn, o Vale fica à mercê da vontade de seu mais novo regente e eu acredito que temos mais chances de conseguir o apoio da região diplomaticamente, do que a região das Fluviais. Alguém tem alguma objeção?" - perguntou mas ninguém abriu a boca.
C - Aegon Targaryen diz:
. - "Com quase toda certeza temos o apoio dos Freys se oferecermos algo para eles. Fui eu quem coloquei o atual Lorde nessa posição. Acabei com a Guerra Civil que estava acontecendo entre eles e escolhi aquele que mais nos convinha. Um pequeno agrado, e fecharemos a passagem dos Starks para se reunir com o exército das Fluviais. Serão obrigados a vir pela kingsroad e se tivermos o vale, poderemos tornar a passagem deles ainda mais dificultosa. Acha que está apto para isto, irmão?" - Aegon o perguntou gostando da ideia.
W - Tywin Lannister diz:
. - "Podemos atrasar o Norte ainda mais, se for necessário. Podemos até acabar com isso antes mesmo do que imaginávamos, senhores" - O Lannister coçou a barba grisalha e olhou para a filha na cabeceira da mesa. - "É hora, chame-o."
W - Queen Cersei Lannister diz:
A Rainha se levantou e se dirigiu até a porta, falando com um guarda que estava à espera do outro lado de armadura avermelhada. Ela ficou a espera, enquanto o soldado partiu em busca de algo. Levou cerca de três minutos, enquanto todos na mesa se entreolhavam curiosos com o que os Lannisters haviam tramado agora. Foi então que uma figura apareceu na porta. Uma figura toda encapuzada entrou no salão de reunião, e Cersei, com as mãos na frente do seu corpo, caminhou de volta para sua cadeira, mas antes de se sentar, o apresentou. - "milordes, miladys, apresento-lhes o bastardo de Dreadfort."
Coroa - King's Landing diz:
O rapaz retirou o capuz mostrando ser um jovem de cabelos cacheados e olhos escuros. Ninguém ali o conhecia, mas pelo nome que a Rainha tinha lhe apresentado, aquele só podia ser, Ramsay Snow, o filho bastardo de Lorde Roose Bolton, um dos principais apoiadores de Brandon Stark.
We're back! diz:
Todos ficaram boquiabertos quando o bastardo de Dreadfort entrou naquele conselho de guerra. Havia chegado até ali sobre a tutela de Tywin Lannister e aparentemente, trazia informações do Norte sobre Brandon Stark e seu exército. Primeiramente Ramsay informou que não eram apenas histórias os rumores de que ao lado de Brandon haviam Gigantes que viviam Além-da-Muralha. E não só Gigantes. Informou também sobre a presença de mamutes.
Os mais céticos ainda pareciam duvidar das informações que ele dava de mãos beijadas para os lealistas. Quais eram os seus motivos e os motivos de sua Casa em vender aquele tipo de informações para os Targaryens, sendo que seu pai, Roose Bolton sentava-se no conselho de Brandon.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Vá em frente Snow, fale" - Rhaegar deu a permissão para que ele continuasse informando os presentes, e então, assim ele o fez.
N - Ramsay Snow diz:
. - "Há Casas Nortenhas que não estão felizes com as atitudes do Rei do Norte. Casas que não apoiam a atitude do homem em abrir os portões da Muralha e dar espaço para os Selvagens em suas terras e em seu exército. A Casa Umber é a mais irritadiça quanto ao assunto. Talvez com meios de persuasão corretos, seja possível fazer com que essas Casas abaixem suas espadas e deixem de apoiar essa rebelião. Talvez até consigamos com que elas mesmo se rebelem contra o Stark."
Aenar Targaryen diz:
"Mamutes, gigantes e um cachorro louco no trono" - bebeu um pouco de vinho, irritado com a informação. Pensava nas condições em que a coroa lutaria contra os traidores do Norte. - Imagino que o exército de selvagens não estejam equipados e nem sejam guerreiros com treinamento, correto? - se pudessem atrair os nobres para a coroa, então Brandon Stark teria um grande, porém destreinado, desequipado e desunido exército, parecia funcionar se ignorasse o fato do homem ter meia dúzia de mamutes e gigantes ao seu lado. Ouviu um pouco mais sobre o que tinham a dizer, mas pensava se seria possível que o grosso dos nobres traíssem a casa Stark.
Corlys Velaryon diz:
. - Se em um conflito de números a vitória parecesse incerta, com a deslealdade de alguns nortenhos desgarrados os lealistas virariam o jogo. Era um bom começo, porém precisava de planejamento adicional. Pela primeira vez durante a reunião Corlys viu a necessidade de se pronunciar: - -- O apoio de casas nortenhas nos dá uma boa vantagem, no entanto a questão do momento certo de mostrarem seu suporte à Coroa é de suma importância. Se Brandon tem dezenas de milhares e... gigantes e mamutes... - As criaturas de fábula tiverem um tom um tanto diferente do resto da fala, como se ainda houvesse dúvida de sua veracidade. - então nossos apoiadores no Norte deverão aguardar pelo momento certo para se revelarem contrários ao Stark. Se o fizerem cedo com o exército ainda no Norte, não terão chance. Se ocorrer tarde demais... Os nortenhos estarão aos nossos portões. - Isto significava que ou ficavam no Norte e atacariam depois de o exército marchar, ou o acompanhavam para em algum momento mudarem de lado.
W - Addam Marbrand diz:
. - "Sor Corlys tem razão... Mas ainda assim tenho minhas dúvidas de Casas Nortenhas se virando contra os Starks. Os Nortenhos são conhecidos por serem cabeças duras, mas se tem uma coisa que devemos nos preocupar, é a lealdade que carregam por seus suseranos." - o Mestre de Armas da Fortaleza Vermelha se pronunciou.
W - Tywin Lannister diz:
. - "Lorde Snow, já ouvimos o que tinha para nos dizer. Pode se retirar. Lhe informarei do que for decidido por nós com o fim do conselho." - O Lannister pediu para que o Nortenho se retirasse e ele assim o fez. Ramsay saiu com um sorriso sarcástico nos lábios e se reverenciou à todos de uma forma até um pouco zombeteira. - "Não sei quanto das informações do Snow são verídicas, mas seu pai, Roose Bolton, já me deixou claro que está apto a negociar seu apoio à Coroa..." - Tywin fez uma pequena pausa olhou para todos, principalmente para o Rei e depois continuou. "...sua primeira exigência é de ser nomeado regente do Norte até que Jon atinja a idade para governar" - ficou evidente que aquela exigência era apenas em uma hipótese em que Rhaegar vencesse a guerra.
D - Quentyn Martell diz:
Quentyn tomou sua vez para falar no conselho. Parecia impaciente o Martell com todo aquele papo que não estava levando a lugar algum. - "E quanto ao Blackfyre? Suas tropas já marcham para o Norte. Devíamos nos preocupar com ele também. Quantas tropas serão enviadas para o sul? Me dê um bom número de homens e trago para vocês a cabeça do Rei Dourado e da Usurpadora." - ele se referiu a Arianne Martell, sua irmã mais velha.
Aenar Targaryen diz:
- É um pedido válido, mas não acho que devemos dar a regência do Norte para ele a não ser que nos entregue um apoio real. - olhou para Quentyn e respondeu: - Claro, a usurpadora, claro. Vossa Graça... - olhou para o Rei: - Acredito que Lorde Mace Tyrell estaria apto a liderar nossas forças para impedir os Martell de avançar sobre a campina. Afinal são as terras dele, e ninguém pode questionar a lealdade dos Tyrell. - pousou a taça sobre a mesa, já vazia de vinho.
Corlys Velaryon diz:
. - A parte do plano que se baseava em diplomacia e intriga estava fora das capacidades do Guarda Real, e mesmo que o apoio dos nortenhos fosse uma possibilidade duvidosa, ainda era a melhor opção para dar fim à rebelião de forma rápida. As deliberações quanto a recompensas para os apoiadores nortenhos ficaria a cargo do Rei e seus conselheiros próximos, e sendo assim o Velaryon não opinou.
A avidez do Martell soava como o princípio de uma derrota trágica. Quentyn havia sido vencido em sua terra natal e agora desejava tropas de outras regiões para outra tentativa de eficácia questionável. A sugestão que Corlys estava prestes a propor juntava-se à voz de Aenar certamente iria irritar o dornês, mas isto pouco importava para o capa branca. - -- O mais óbvio para conter o Blackfyre é que as casas campinesas do interior do continente juntem-se com as tropas das Terras da Tempestade para deter o avanço dos dorneses, enquanto as casas costeiras mantêm-se em posição para o caso de uma segunda investida das Ilhas de Ferro. - Disse com sua seriedade habitual. Se Quentyn quisesse novamente marchar sobre seus conterrâneos teria que fazê-lo ao lado de seus antigos inimigos, o que acabaria com qualquer chance daquele rapaz ser aceito entre os dorneses. Duvidava que o Martell aceitaria a sugestão, mas sinceramente Corlys pouco se importava para o que queria ou era favorável a um homem como Quentyn Martell.
T - Mace Tyrell diz:
Quentyn deu um olhar afiado para Aenar quando ouviu sua ironia. Ele começou a abrir a sua boca para retrucar alguma coisa, mas foi a voz de Mace Tyrell que soou. - "Não sou um grande estrategista em batalha, Vossa Graça. Mas meu filho é um dos melhores comandantes do Reino, e já está a postos para tomar qualquer retaliação contra o Blackfyre se tentarem invadir a Campina. Pode ter certeza disso. Temos um bom número de homens amontoados em Highgarden prontos para partir a qualquer momento e auxiliar qualquer castelo que seja cercado. Assim como temos também um bom número de homens em Horn Hill no castelo de Lorde Randyll."
T - Randyll Tarly diz:
Aproveitando a deixa, Randyll fez um pedido para Rhaegar: - "Gostaria que me permitisse ausentar-me da capital nesses tempos de guerra, Vossa Graça. Acredito que serei muito mais útil ao reino a frente de minhas tropas comandando-as, do que atrás de uma mesa lidando com nossas leis." - Rhaegar apenas consentiu com a cabeça para o pedido do homem, e ele voltou a se calar.
C - Loras Tyrell diz:
. - "Não podemos enviar as tropas da Campina para as Stormlands, Sor Corlys." - o irmão de branco, Loras, interviu a palavra do outro Guarda Real. - "Há duas passagens de Dorne para o Norte. Uma da diretamente nas Stormlands, e a outra, na Campina. Se concentrarmos nossas forças em apenas um desses pontos, estaríamos enfraquecendo o outro. Não digo que um reforço seja impossível, mas o melhor a se fazer, é manter os campineses, na campina."
D - Quentyn Martell diz:
. - "Devemos concentrar nossas forças e ataca-los, puta que o pariu!" - Quentyn Martell falou em um tom alto já bastante irritado. - "Vamos ficar nos escondendo até quando. Conheço aquelas terras, sei por onde lutar e por onde não lutar. Me dê homens e essa rebelião acaba em poucos meses. Antes do Blackfyre aparecer com 15 mil tropas em meu território, a Guerra Civil em Dorne estava quase em minhas mãos. Em pouco tempo eu teria metade do território e minha irmã teria que se conformar que mulheres não são aptas para suceder os homens e liderar nossas Casas. Você como Lordes da Campina, das Terras Ocidentais e das Terras da Coroa entendem isso tão bem quanto eu, caso contrário, permitiriam que suas filhas os sucedessem, o que não acontece!" - ele continuava gritando como um cão raivoso achando que suas palavras iriam fazer alguma diferença naquele conselho.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Príncipe Quentyn" - a voz do rei soou fria e seca. Não estava gostando daquele tipo de atitude em seu conselho e em sua corte. - "Está sedento por sangue e por vingança. O que é algo bom para nossa causa. Já que quer tanto assim ver sua espada embainhada em sangue, junte seus homens e seus Vassalos e parta para as Stormlands e reforce as tropas de Jon Connington. Com a sua ajuda, ele será capaz de unificar de uma vez por todas as Stormlands, e de manter a posição. Claro, com exceção de Storm's Land. Dei ordens primordiais para que ele não cerque e nem ataque o castelo por enquanto. Se os Veados querem se esconder, deixem que se escondam. Não são uma ameaça nesse momento."
C - Barristan Selmy diz:
. - "Precisamos também conquistar o apoio do Vale e das Riverlands, mylord's. Isso se queremos ter alguma chance de segurar os nortenhos." - Barristan finalmente abriu a boca.
Aenar Targaryen diz:
- Alguns homens também não são aptos a governar. - girou o dedo nos entorno do cálice de vinho. - Nem todos os Veados são inúteis, Stannis Baratheon tem uma frota imensa, seria interessante de nossa parte não nos descuidar. - suspirou. - Quanto aos Tully e os Arryn não se preocupem: Cuidarei pessoalmente do assunto, nenhum enviado seria mais importante que a presença de um príncipe. - serviu-se com mais vinho, sentindo sua cabeça lentamente começar a ficar mais embriagada: - Alguns casamentos devem tratar do assunto, reunirei o máximo de homens possível para impedir que Brandon Stark avance sobre nossas terras, custe o que custar.
Corlys Velaryon diz:
. - A ideia de Corlys para o Blackfyre não era tapar uma das passagens e deixar a outra aberta, e sim que fortificassem o Caminho do Espinhaço onde os seis mil do Lorde Connington não poderiam parar os vinte e cinco mil dos rebeldes, ou mesmo metade disto, porém o Rei já havia tratado de prover a fortificação.
A situação nos demais reinos era bastante delicada. Os Tullys tendiam aos Starks por casamento, mas mesmo que não conseguissem o suporte de Riverrun, havia outros castelos que poderiam servir à causa da Coroa. - -- Me parece prudente colocar resistência entre a capital e os nortenhos. Mesmo que os Tullys não nos apoiem, alguns de seus vassalos o farão, e seriam de grande ajuda em atrasar os nortenhos. Whent, Darry, e Frey, como sugeriu Vossa Graça o Príncipe Aegon, seriam de grande ajuda para nós. Com casamentos e alianças talvez possamos trazê-los para o nosso lado. - As três casas citadas por Corlys estavam em boas posições para ditar as rotas que os nortenhos seriam obrigados a adotarem caso não tivessem passagem por estas casas. Talvez pudessem tomar os castelos menores, mas jamais Harrenhal. Ter aquele castelo como base avançada seria uma grande vantagem para os lealistas.
C - Aegon Targaryen diz:
. - "Os Freys já são nossos, independente de Riverrun. Quando o Stark estava fugindo para o Norte com meus irmãos raptados, os Freys se digladiavam entre si para decidir quem iria suceder o falecido Lorde Walder. O Lorde atual, só tem sua posição, porque o favoreci e com meus homens, limpei os outros que reivindicavam o acento. Para nos certificar de que teremos eles ao nosso lado, podemos oferecer um casamento para eles, e na pior das hipóteses, podemos até oferecer a senhora das Fluviais, caso os Tullys se recusem a nos apoiar." - o herdeiro do Trono de Ferro foi quem disse aquelas palavras. - "Juntarei homens hoje mesmo, e pelo menos dentro de uma semana, viajarei para as Gêmeas e fortificarei a região. Caso algum Stark queira passar por ali, haverá muitos problemas." - ele terminou sua fala e o Rei não pareceu se opor.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Sor Barristan, você acompanhará o Príncipe para as Gêmeas" - Rhaegar deu a ordem e o Comandante da Guarda Real assentiu.
C - Aegon Targaryen diz:
. - "Quanto a Casa Darry, talvez não nos apoiem, mas não se levantarão contra nós. Tenho o Lorde como prisioneiro por ter dado refúgio ao Stark em sua fuga. Sabem que atualmente rebelar-se contra a Coroa, é o mesmo que uma sentença de morte para seu Lorde. Já a Casa Whent é uma grande dúvida. Não faço ideia do que a Lady pode pensar ou querer. Mas é uma posição de extrema importância na região."
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Parece que já discutimos praticamente todos os assuntos importantes. Há mais algo que gostariam de acrescentar ao conselho, senhores?" - perguntou o Rei de braços cruzados
Aenar Targaryen diz:
- Eu penso que um casamento oferecido a casa Whent pode resolver a situação. Um casamento de minha tia com sor Darrik, talvez algumas promessas com relação a ajuda para manter Harrenhall sejam o suficiente. Partirei a primeira luz de amanhã para resolver esses assuntos. - aguardou a liberação de seu pai para poder se retirar, estava impaciente e queria ir logo para seus aposentos, ainda tinha a expressão de seu tio na mente, se sentia ébreo e não gostaria de continuar tratando esses assuntos naquelas condições.
Corlys Velaryon diz:
. - Meneou a cabeça negando que tivesse qualquer outra coisa a acrescentar. Apenas aguardou que o Rei os dispensasse para então se levantar e ir até o Príncipe Aenar para tratar de alguns assuntos antes de sua partida.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Estão todos dispensados então." - o Rei falou, e os Lordes começaram a se levantar um por um, e então, foram se retirando. Rhaegar fez um gesto com a mão para que seus filhos ficassem, e então, tanto Aenar quanto Aegon permaneceram sentados em suas cadeiras.
. - "Barristan acompanhará Aegon. Acho mais do que o suficiente para guardar suas costas e protege-lo em campo de batalha. Pegue o número de espadas do castelo que achar suficiente, e vá tratar dos assuntos com os Freys e em Darry, conforme acordado no conselho." - virou-se para Aenar e dirigiu palavras à ele agora. - "Sor Merlon o acompanhará, mas diferente de seu irmão, está indo para regiões ainda mais perigosas. Os Tullys podem tentar lhe fazer de refém, então, quero mais de uma espada guardando suas costas. E cuidado com os Arryns. Petyr Baelish é o Regente do Vale agora, e eu não confiaria nem mesmo minha migalha de pão ao homem. Qual outro Guarda Real deseja levar consigo?" - perguntou.
Aenar Targaryen diz:
- Não preciso de outro Guarda Real. Vou viajar rapidamente e chamando o menos de atenção possível. No caminho passarei em Harrenhal e provavelmente devo decidir se vou para Riverrun ou Eyre depois que decidir os assuntos com os Whent. Além de Merlon, me dê outros dez homens leais e habilidosos. - observou Aegon e Vossa Graça: - Se os Arryn ou os Tully resolverem me capturar dentro de seus castelos um guarda real a mais não fará diferença. Ser cativo não é minha preocupação. - falou com seriedade: - Impedir os Starks de queimarem o reino, sim.
C - king Rh?eg?r T?rg?ryen diz:
. - "Se você prefere assim, que seja. Sor Merlon, a vida de meu filho está em suas mãos. Dispensados" - Rhaegar finalizou sua fala e levantou-se indo a saída do salão onde a reunião era realizada. Barristan Selmy não o seguiu, ficou ao lado de Aegon, já que agora, havia sido designado a defender as costas do Herdeiro do Trono de Ferro.
C - Merlon Crakehall diz:
. - "Nenhum mal cairá contra o Príncipe, Vossa Graça." - Merlon Crakehall respondeu com sua voz grossa ao Rei antes do mesmo se retirar. - "Se me der licença, Príncipe Aenar, juntarei os dez homens que pediu para nos seguir nessa viagem." - O Gigante Merlon saiu do salão também em passos pesados para realizar a sua tarefa. Estavam todos dispensados.
diz:
Corlys aparentemente, havia mantido sua antiga tarefa, a de proteger as costas da Princesa. Mas ainda havia assuntos que o Guarda Real desejava a tratar com o Príncipe. Aegon, também se retirou segundos depois, seguido agora, de Barristan.
Aenar Targaryen diz:
- Reuna-os, mantenha-os prontos e me avise em meus aposentos assim que conseguir, sor Merlon. - se levantou e caminhou em silêncio em direção aos aposentos, precisava deitar-se, mas antes se preparar para partir à primeira luz, mas dessa vez não seria tolo e iria no horário que todos imaginariam que iria: tampouco iria a cavalo. Assim que Sor Merlon juntasse os dez homens partiria naquela noite mesmo, arrumaria um barco e navegaria até Harrenhall, assim não daria tempo para que qualquer tipo de planos fossem armados contra si, e se houvessem tentativas de interceptação no meio da estrada seria frustradas. Em seu quarto se preparou da melhor forma que pode: arrumou boas roupas mas também preparou sua armadura e sua espada.
Corlys Velaryon diz:
. - Tudo o que Corlys tinha para discutir com Aenar era para o caso do Velaryon acompanhá-lo em sua viagem. Não sendo este o caso, o cavaleiro branco curvou-se em despedida ao Rei e Príncipes e partiu de volta para o seu posto rotineiro à porta de Rhaenys. Talvez a Princesa ainda quisesse sair da Fortaleza Vermelha para tratar dos seus próprios negócios com suas "aias", cuja existência também precisava ser informada ao Rei. Era a conversa que Corlys não estava ansioso para ter com Rhaenys.


Fim do Capítulo 2, Corlys


Última edição por Dean em Qua Jun 28, 2017 3:13 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem  Dean Sáb Jun 17, 2017 3:40 pm

Season Two, Chapter 3

- - Red Keep: tempestuoso - -

diz:
Após o Conselho de Guerra e tudo o que havia ficado decidido, os preparativos começaram a serem tomados naquele mesmo dia. Aenar havia ido para seu quarto se preparar para a viagem que estava definida para acontecer em dois dias. O Comandante da Guarda Real foi enviado para proteger as costas do Príncipe do Trono de Ferro, Aegon, que se dirigiu para as gêmeas com o intuito de tratar um bloqueio de passagem com os Freys e assegurar a posição contra os nortenhos. Quentyn Martell foi enviado para as Stormlands com o intuito de reforçar o exército de Jon Connington que se concentrava em Blackhaven, o coração dos Dondarrion. Já haviam notícias de Durran Durrandon vagando pelas Stormlands com um número considerável de homens, o que intrigou muitos dos homens dentro do Conselho de Guerra. Era impossível do homem ter passado pelo estreito de Wyl em direção ao Norte sem passar por Blackhaven o que deixava apenas como opção uma passagem pelo mar, mas teriam também de passar pelos olhos da Casa Swann, que até o momento, estava aliada à Jon Connington. Uma possível traição foi cogitada pelos homens presentes.
Enquanto os preparativos eram tomados no Norte pelo próprio Príncipe, e a Mão Direita de Rhaegar com a ajuda do Martell tomava os preparativos para proteger as Stormlands, os Tyrells concentravam suas forças em três castelos diferentes da região, mas bem construídos e aptos a resistir cercos e invasões. Decidiram dividir suas forças com o intuito de caso necessário, flanquear o exército do Dragão Dourado quando investisse contra a Campina. Quanto aos Lannisters, ficaram com a tarefa de estarem sempre de prontidão para reforçar qualquer um dos frontes de guerra, e claro, manter seus olhos abertos para com os homens de ferro. Euron Greyjoy havia se coroado Rei das Ilhas de Ferro e havia declarado guerra contra todas as regiões de Westeros.

Corlys continuava em seu trabalho de ser a sombra da princesa, que a cada dia que passava, construía sua rede de informações e espiãs. O Guarda Real desde o início tinha deixado clara a sua opinião contrária sobre aquilo, mas aquilo não pareceu ser levado em consideração pela princesa Rhaenys, muito pelo contrário, pareceu ter dado ainda mais gás para a jovem, que de tão mimada que era, quando contrariada, aí sim fazia o que lhe dê-se na telha.
Quando acordou no dia seguinte, recebeu informações das quais não esperava. Aenar Targaryen havia partido na madrugada daquele dia e adiantado a sua viagem sem que ninguém soubesse - nem mesmo o rei, e então velejou em uma pequena embarcação pela Blackwater Rush, um pequeno estreito de rio que seguia para as Terras Ocidentais. A Princesa Daenerys também havia desaparecido, e ao que tudo indicava, havia se juntado ao sobrinho em sua empreitada até o castelo dos Tullys para tentar comprar a lealdade dos mesmos.
diz:
Uma grande confusão também se instalou na Fortaleza Vermelha quando o Príncipe preso, Viserys Targaryen, irmão mais novo do Rei, foi encontrado morto em sua cela. A fúria de Rhaegar correu por todo os corredores da Fortaleza Vermelha e durante toda aquela manhã, e provavelmente pelo resto dos dias seguintes também, homens com o brasão e a armadura negra dos Targaryens, caminhavam em buscas de pistas e investigando quem havia sido o assassino do Príncipe.
Corlys Velaryon diz:
. - Para Corlys o dia teria amanhecido não muito diferente de qualquer outro, em meio a uma guerra que se retomava e outras preocupações mais imediatas do seu dever, se não fosse pela descoberta do cadáver. Um príncipe havia sido morto dentro da Fortaleza Vermelha. Nas celas, mas ainda assim dentro da Fortaleza onde se esperava que a família real estivesse mais segura do que qualquer em outro lugar. Mas muralhas eram má defesa contra assassinos, parecia. Deveria manter-se mais atento do que nunca a qualquer um que se aproximasse de Rhaenys por qualquer maneira ou intenção suspeita. Dia após dia, a paranoia apenas crescia. Era um requisito do seu dever, embora não parecesse uma forma saudável e muito menos agradável de se viver.
A rotina começou como nos outros dias. Com o Lorde Comandante já afastado não havia alguém com quem Corlys estaria particularmente interessado em conversar na Torre da Espada Branca, então seguiria para o próximo item da sua ronda matinal: verificar a guarda de Rhaenys. A esta hora era improvável que a princesa já estivesse acordada, e se o Velaryon estivesse correto então reforçaria a sua guarda antes prosseguir a fazer o mesmo pelo rei, pois com Barristan afastado o trabalho dos outros irmãos juramentados crescia, junto do risco aos Targaryens. Caso encontrasse tudo em devida ordem, talvez perguntaria aos guardas que encontrasse no caminho sobre a busca pelo assassino, e por fim faria uma breve volta na ala da Casa Velaryon. Sempre dizia a si mesmo que fazia isto quase que diariamente para prestar ajuda a Raenar em algum assunto que ele tivesse a resolver, mas no fundo bem sabia que esperava vê-la, mesmo que à distância.
diz:
. - "A Princesa ainda não acordou Sor." - disse o sujeito vestido em negro com um dragão de três cabeças avermelhado desenhado no centro de sua armadura. Ele segurava um escudo também enegrecido e uma lança longa na sua outra mão. Era um soldado lealista do próprio exército de Rhaegar que fazia a guarda da Princesa e dos outros membros da Guarda Real no descanso dos Capas Brancas.
O comum é que eles se coordenassem de uma forma que sempre um Capa Branca pudesse estar acordado para proteger a família real, mas já desfalcados de um irmão, e com os outros fora da Fortaleza Vermelha, o trabalho dos mesmos se tornavam ainda mais complicado para que conseguissem vigiar todos os Targaryens dia e noite. Sendo assim, tornando-se necessário a presença dos homens da próprio casa para que pudessem guarnecer os mesmos durante o repouso dos demais. Sem contar que, Sor Loras Tyrell, havia sido designado apenas para fazer a proteção da futura rainha Margaery, já que o Príncipe Aegon não estava mais ali. Com Barristan também longe, assim como Merlon Crakehall, sobravam apenas três Capas Brancas para proteger o restante da família real: Corlys Velaryon. Ronnet Connington e Garth Hightower.

Assegurou que a segurança do Rei já havia sido feita - Ronnet era quem o guardava, e então, seguiu caminhando pelos corredores da Fortaleza Vermelha: - "Um ataque a sangue frio, sor. Pelo que puderam constatar, não houve sinais de luta por parte do Príncipe Viserys, o que levou aos nossos investigadores a deduzir que o crime foi cometido por um conhecido. O primeiro suspeito da lista se tornou a Princesa Visenya. Meia dúzia de guardas ficaram do lado de fora de seu quarto durante a madrugada, como ordenado pelo Rei, mas quando foram procura-la pela manhã, o aposento estava vazio e não havia nenhum sinal de Visenya." - o mesmo havia acontecido com Daenerys, mas claramente, nenhuma suspeita havia caído sobre Dany de matar seu próprio irmão, mas sim de Visenya, com quem o Príncipe sempre havia tido atritos. - "Estão todos a procura de Visenya neste momento, sor" - o guarda respondeu às perguntas de Corlys, e então, o mesmo caminhou até a ala dos Velaryons.
C - Raenar Velaryon diz:
. - "Primo!" - ele o saudou animado. Estava sentado mexendo em alguns papéis mas logo se levantou e caminhou em direção à Corlys e o abraçou calorosamente. - "Parece que a Fortaleza Vermelha está uma zona, não é?" - perguntou com um tom preocupado. - "Daenerys e Visenya desaparecem na madrugada. Aenar parte sem sua escolta e sem o conhecimento de ninguém - ao menos seu Guarda Real o acompanhou. Príncipe Viserys encontrado morto em sua cela. Rhaegar com tantos problemas e três guerras declaradas contra si para resolver. Nesse momento, não é uma boa hora para estar vestindo uma coroa ou sentando-se no Trono de Ferro" - abriu um sorriso de brincadeira.
Corlys Velaryon diz:
. - Como se já não bastasse a morte de Viserys, ainda havia as duas princesas desaparecidas. À Visenya não faltavam motivos para querer dar fim ao irmão se tudo o que Corlys escutara sobre os dois fosse verdade, porém o sumiço de Daenerys era uma verdadeira incógnita. Talvez a jovem princesa tivesse acompanhado a tia, por vontade própria em ajudar uma familiar ou quem sabe forçada a fazê-lo. Era bem conhecido que Visenya portava em si um tanto do traço de loucura que maculava um Targaryen de tempos em tempos, e sendo assim seria impossível determinar o que se passou pela sua mente depois da morte de Viserys, mesmo que ela estivesse longe de assemelhar-se a Aerys, cuja condição o Guarda Real havia testemunhado bem antes de ser armado cavaleiro.
Enquanto Corlys portava-se com seriedade austera diante dos acontecimentos recentes, o seu lorde primo parecia alegre como um dornês em bordel. Mesmo depois de um ano ainda era difícil ver Raenar como lorde, e esta lhe pareceu uma das situações em que ele não se comportava como tal, sorrindo enquanto toda a desgraça se aproximava. O abraço foi reciprocado, porém não com toda a boa vontade de Raenar. - -- Lorde Velaryon. - Foi o cumprimento mais formal e correto vindo de Corlys. - -- Se for este o caso, bem sabe que estarei no meio dessa peleja. - Um segundo olhar ao sorriso de Raenar depois de se afastarem trouxe uma amarga insatisfação ao Guarda Real. Talvez por inveja, ou por um senso de querer corrigir aquela leviandade em uma atitude que seria digna de Lucerys. Mas Corlys não disse nada sobre isto. - -- Não devo me demorar. Apenas queria certificar-me que tudo corre bem nesta parte da Fortaleza.
C - Raenar Velaryon diz:
. - "Ah sim. Por aqui está tudo certo. Estava apenas repassando meus passos a procura de um erro. Talvez você possa me ajudar" - ele limpou a sua mesa dos papéis que estavam em cima da mesa e abriu um mapa do continente westerosi. - "Posicionei nossa frota da seguinte forma, primo." - disse dando início a sua explicação. - "Vinte e cinco embarcações da Frota Real estão na Árvore, ao lado de outras embarcações campinesas. Cerca de trinta embarcações estão ancoradas aqui em Blackwater Bay para proteger a passagem de possíveis invasões pelo mar" - ele ia dizendo os locais onde havia posicionado as embarcações e apontando com o dedo esperando que Corlys conseguisse acompanhar sua linha de raciocínio. - "As embarcações na Árvore são para uma possível invasão do Dragão Dourado pelo mar na Campina, uma precaução que achei necessária ser tomada. Tenho mais dez nas Shield's Islands. Cinco na Ilha de Fair e vinte na Baía dos Homens de Ferro ao lado de algumas poucas embarcações dos Lannisters. É o número que temos na Frota Real. Queria que fosse mais, mas infelizmente não é. Nossas informações são de que os Homens de Ferro possuem mais de cem embarcações de guerra ao lado deles, portanto, mantive um bom número de nossa força naval no Mar do Pôr do Sol em caso eles venham para cima de nós... Espero não estar cometendo nenhum erro." - o Mestre dos Navios deixou a alegria de lado para dar lugar a preocupação.
Corlys Velaryon diz:
. - A insegurança ainda presente no lorde desagradou tanto quanto a alegria de momentos antes. Corlys suspirou olhando para o mapa fazendo contas e suposições. Raenar tinha uma intenção bondosa em espalhar a frota para proteger todos os aliados da Coroa, mas por outro lado alguns poucos navios talvez não fizessem muita diferença contra os números vastamente superiores dos inimigos. - -- Se eu fosse um homem sem compromissos me voluntariaria para levar a guerra às aguas dos nossos inimigos. Alguns ataques devidamente astutos poderiam nos render vantagens consideráveis. Mas esta não é nossa realidade, e você é muito valioso para ser arriscado em pequenas ações ousadas. - Corlys era da noção de que navios não serviam para ficarem atracados juntando poeira e craca enquanto o ócio engordava os marinheiros. Se possuíam navios e homens capazes para comandá-los, deveriam ser utilizados. - -- Porém compreendo o seu pensamento. Navios da Frota Real estando próximos dos nossos aliados garantem a sua satisfação e cooperação com a Coroa, embora eu tenha dúvidas quanto a real eficácia destes reforços números reduzidos. De qualquer forma, não existe situação ideal para a posição em que nos encontramos. Os navios estão longe demais para que possamos contar com qualquer suporte, e portanto espero que haja um excelente plano para a defesa de Blackwater Bay caso seja necessário. Stannis deve ter igualado a sua frota à que temos por perto depois de todos aqueles navios que deixamos para trás em Hardhome, e dizem que o Blackfyre possui uma centena de embarcações em Dorne. - Corlys fitou o primo na esperança de ouvir uma resposta e um plano que confirmasse o seu posto de Lorde Velaryon e Mestre dos Navios. Por mais que desaprovasse o comportamento de Raenar, Corlys queria apenas absoluto sucesso para o primo e para o reinado.
C - Raenar Velaryon diz:
. - "Nossas defesas para a Baía já foram tomadas." - ele respondeu sem levantar seu olhar para Corlys. Seu dedo continuava a caminhar pelo mapa enquanto suas palavras eram ditas. - "Trinta barcos é menos do que eu gostaria por aqui, mas é um número razoável. Nossos inimigos sempre estarão em desvantagem em nos atacar por aqui. Teremos o vento e a maré do nosso lado. Com um bom comandante em alto mar, caso realmente tentem passar pela Baía, suspeito um palpite de que nossos inimigos precisariam de no mínimo o dobro dos nossos números." - Corlys havia acabado de citar que o Blackfyre possuía uma centena de embarcações, o que superava o número dos lealistas em mais de três vezes, mas o jovem a sua frente que compartilhava do mesmo sangue que si parecia convicto. - "Com as defesas que preparamos, vão precisar de no mínimo dez vezes o nosso número." - ele levantou o rosto para o primo com um sorriso nos lábios cheios de convicção. - "Seria bom se tivéssemos o Vale do nosso lado. Poderíamos encontrar pelo menos umas três dúzias de boas embarcações por lá para fazer frente à Stannis, mas de uma forma ou de outra, se vierem pelo mar em direção à King's Landing, estaremos bem defendido, primo."
C - Raenar Velaryon diz:
. - "Em caso de um ataque pelo mar, infelizmente, teremos que manter nossas linhas defensivas atrás de Dragonstone, então, não poderemos fazer muito pelo castelo. Mas é um castelo forte e antigo, aguentaria um cerco por vários meses. Mas por precaução, requisitei o Rei para que pedisse que os familiares do falecido Vaelyx fossem tragos para King's Landing ou para um castelo em que não possam ficar em uma posição de serem tomados como reféns. O mesmo para Driftmark... A nossa defesa foi feita traçando uma linha entre Sharp Point e Rook's Rest." - ele olhou um pouco mais sério para Corlys e cruzou os braços. - "Como pode imaginar, minha mãe não ficou extasiada de felicidade pela provável opção de abandonar nosso castelo em caso de um ataque marítimo. Mas um castelo sempre pode ser reerguido. O mais importante é defender King's Landing e o Rei."
diz:
King's Landing estava sempre contra a maré e normalmente, também contra o vento. A maré do Narrow Sea sempre corria pra dentro da Blackwater Bay e se chocava contra as fortes rochas do relevo em que a Fortaleza Vermelha ficava. E o vento sempre batia contra a Fortaleza, quase nunca o contrário. Então, o Velaryon não entendeu muito bem quando o primo citou que em um ataque marítimo, teriam vantagem de ambas as coisas dentro de uma batalha, sendo que, o inimigo, muito possivelmente, fosse ter uma velocidade maior que a Frota Real.
Corlys Velaryon diz:
. - "O que eu não daria para capturar alguns dos navios do Blackfyre...", disse a si mesmo. Um ataque surpresa na calada da noite seria a última coisa que esperariam, conhecendo a posição dos Targaryens estando cercados entre dois frontes, e se dessem prioridade aos navios em vez de combate em terra muitos poderiam ser capturados em nome da Coroa. Se apenas tivessem embarcações a serem dispostas para tal investida...
Corlys cerrou os olhos tentando tirar algum sentido do plano de Raenar, mas a grande vantagem que o primo mencionara parecia favorecer muito mais a qualquer invasor do que a própria Frota Real. - -- Sou da sua opinião quanto aos castelos. Eu até sugeriria que trouxesse quaisquer possíveis reféns e metade das tropas para cá junto do seu ouro, ou talvez o confiasse ao Banco de Ferro, para evitar fortalecer nossos inimigos caso caia o castelo. E deixe que Baratheon e Blackfyre joguem-se contra as muralhas para perderem homens e não ganharem nada em troca. - Muralhas de pedra podiam ser reconstruídas, e se na sua destruição pudessem tomar o tempo e diminuir os números inimigos Corlys consideraria esta uma troca adequada. O Guarda Real começou pela parte em que concordava, para então aproximar-se da parte que discordava: - -- Mas perdoe-me, primo, não vejo sentido no que diz sobre a nossa vantagem defensiva no mar. É do meu entendimento que o vento e maré favorecem um movimento de leste para oeste na Blackwater, então a não ser que planeje permitir a passagem de uma possível força invasora para então mantê-la presa na Baía, ouso dizer que está equivocado. - O Guarda Real mirou um olhar grave na direção do lorde no aguardo da explicação que traria razão ao plano que deixava Raenar assim tão seguro de sua vitória.
C - Raenar Velaryon diz:
. - "Em Driftmark tudo que é de valor já foi retirado. Mantivemos uma guarnição no castelo e um dos homens nosso de confiança para continuar gerenciando e mantendo as coisas em ordens. Até mesmo a população foi evacuada, apenas aqueles que são de extrema importância ficaram para prosseguir com seus afazeres. Claro que não pude trazer toda a população e os plebeus aqui para King's Landing, já que, a capital já se tornou um ponto de procura para refugiados com medo das guerras. Foram conduzidos para as ruínas do Sussurro. Não é uma posição extremamente defensiva e favorável para eles mas, não havia outro lugar para enviá-los. Tenho que confiar que Stannis e o Blackfyre não serão desonrosos a ponto de atacar um castelo em ruínas com apenas pessoas comuns vivendo por ali. De qualquer forma, o Lorde da Casa Brune forneceu alguns de seus homens para proteger as ruínas de bandidos e homens fora da lei." - apenas passou mais informações para o primo das medidas tomadas pela parte que ele concordava e então, sorriu ao ouvir a parte contrária vinda de Corlys. - "Não se preocupe, primo. Admito que és um melhor navegador do que eu, mas também não sou um completo idiota quando se trata de combate naval." - ele abaixou um pouco a cabeça e então, relembrou-se de um ensinamento passado à ele. - "Meu pai sempre disse que a melhor forma de pegarmos nossos inimigos de surpresa, é transformando nossos defeitos, nossas desvantagens, em uma vantagem. E foi exatamente isso que eu fiz. Não há com o que se preocupar." - ele fechou o mapa encerrando aquele assunto e sentou-se mais uma vez em sua cadeira.
Corlys Velaryon diz:
. - Os olhos do cavaleiro cerraram-se levemente enquanto ele mais uma vez avaliava as palavras do primo. - -- Pressinto que exista um ardil de guerra em andamento. Pois bem, considere-me satisfeito e saiba que se necessitar de mais comandantes quando chegar a hora estarei à sua disposição caso possa convencer o rei a ceder-me para a seu plano. - A expressão de Corlys se desarmou para uma menos rígida, embora não parecesse à vontade. Mas isto já não era novidade. - -- Se não houver nada mais que queira discutir, Lorde Raenar, digo que devo retirar-me. Depois do que aconteceu com Viserys prefiro não deixar Rhaenys sozinha por muito tempo. - A princesa jamais estava só, sempre tinha guardas cercando-a, porém nenhum deles vestia uma capa branca como a de Corlys, que aguardou por um momento caso o Lorde Velaryon tivesse algo mais a acrescentar. Caso contrário, terminaria a sua ronda e busca íntima e velada pela ala de sua família antes de retornar à princesa.
C - Raenar Velaryon diz:
. - "Aparentemente está lendo a minha mente, Corlys." - ele deu uma breve risada. - "Já estava prestes a dizer isto à você. Caso realmente haja uma batalha, pedirei ao Rei que o libere de guardar a Princesa para comandar em alto mar. Acredito que seja algo mais de seu agrado, e suas perícias em navegação serão muito bem vindas. Acredito que será mais útil dentro de um barco do que atrás das muralhas da Fortaleza Vermelha. Passar bem primo." - ele se despediu.
diz:
Corlys se retirou dos aposentos do jovem Mestre dos Navios, e então, seguiu pelos corredores se retirando também da ala dos Velaryons. Por sorte ou talvez, infelicidade, seus olhos não se encontraram com aquela que tinha esperanças de ver mesmo que ao longe, mas em contrapartida, também não se encontraram com Alaessa, o que por si só, já podia contar como um grande alívio.
Seguiu seu caminho até chegar na porta dos aposentos da Princesa Rhaenys e então, encontrou a mesma desguarnecida e sem ninguém por perto. Bateu duas vezes nesta, e não recebeu resposta, até que decidiu então, tomar a liberdade de adentrar. Não encontrou ninguém. Afoito, parou o primeiro guarda que encontrou fazendo ronda e o questionou: - "A Princesa se retirou guarnecida por quatro soldados Targaryens, sor. Ela reclamou que seu Guarda Real ainda não havia aparecido, e disse que tinha assuntos importantes para tratar na cidade, e então, partiu." - o rapaz o avisou.
Corlys Velaryon diz:
. - Corlys despediu-se de seu primo em bons espíritos depois da conversa, estando confiante de que Raenar sabia o que estava fazendo. Ajustou a sua capa branca e partiu pelos corredores à procura de uma moça valiriana, e depois outra.
. - -- Partiu?! - O Guarda Real teve que conter-se para não bradar as palavras de volta ao sujeito, e mesmo que a sua voz não tivesse chegado a formar um grito também era óbvia a sua irritação e nervosismo pela saída da princesa. - -- Partiu para onde?! - Corlys já imaginava que seria de encontro às suas "aias", mas por outro lado não poderia ser dito que previsibilidade era uma das características de Rhaenys.
diz:
. - "Não sei exatamente, sor. Apenas disse que tinha de ir à cidade." - respondeu e esperou que fosse liberado para continuar a sua ronda.
Corlys Velaryon diz:
. - Praguejar sobre sete infernos não seria suficiente para expressar a ira que lhe subiu do peito à cabeça como se em ebulição pela irresponsabilidade da princesa. Corlys poderia ter xingado o homem se tivesse tempo para perder, porém a urgência foi mover-se a passos largos em direção ao portão enquanto no caminho convocava alguns dos guardas que encontrava para acompanhá-lo. O primeiro foi o encarregado de ir aos estábulos às pressas e preparar cavalos próximos ao portão para que partissem imediatamente. O sétimo guarda chamado ficou encarregado de juntar mais vinte homens de armas no mesmo portão, o que levaria algum tempo, e que aguardassem pelo guarda que Corlys mandaria de volta para buscar este reforço assim que encontrasse Rhaenys, e não teve tempo para mencionar qualquer motivo ou explicação para tal movimentação de soldados. Estava em seu direito e tinha autoridade para tal. No portão, junto de seus seis outros homens montados, perguntaria aos guardas daquele posto sobre a direção que a princesa havia rumado, e então iria atrás dela. Até então nada indicava que ela teria ido para outro lugar a não ser de encontro às suas meretrizes informantes, e caso não fosse informado do contrário seria até elas que Corlys rumaria.
diz:
Em meio de suas ordens e passos rápidos até os portões. Corlys acabou por passar em frente aos aposentos de Visenya. Soldados reviravam o local em busca de algo, e o Rei e o irmão de Capa Branca, Ronnet, esperavam do lado de fora. Antes de passar rapidamente por eles, ainda conseguiu escutar o final de um dos diálogos. - "...de arma alguma, Vossa Graça." - e então, ele continuou seu caminho rápido até o pátio.
Levou cerca de três minutos para que o primeiro guarda voltasse com os cavalos que havia sido ordenado trazer. Ninguém questionou as ordens ou a autoridade do Guarda Real. Pelo contrário, obedeciam com rapidez e eficiência. - "Ela desceu em direção a baixada das pulgas, sor." - foi o que um dos homens o informou. Era o bairro mais sujo, precário e violento de toda King's Landing, mas o que tinha o maior número de bordeis também, portanto, Corlys acreditou que estivesse com razão sobre a sua suspeita anterior. Os portões se abriram e os Sete partiram em velocidade atrás da Princesa.

. - "Abram caminho!" - gritava um dos soldados Targaryen que cavalgava a frente com o cavalo. E as pessoas na rua tentavam ao máximo sair da direção dos cavalos. Passaram por cima de alguns caixotes e destruíram uma coisa ou outra no trote rápido pelas ruas, mas pelo menos, conseguiram evitar as pessoas que estavam em sua frente.
Já na baixada das pulgas, as pessoas que ali residiam ou apenas passavam, olhavam para os soldados e para o Guarda Real com certo repúdio. Todos estavam bem vestidos, alimentados e bem de vida, enquanto a maioria dali, passavam fome e viviam em circunstâncias inumanas. Um cuspe de um lado, um tomate voando de outro e continuaram seu caminho agora de forma mais cautelosa e devagar pela região. Foi então que Corlys notou do lado de fora de um estabelecimento, dois soldados Targaryens parados do lado de fora em posição de sentido e com sua lança e escudo em mãos.
Corlys Velaryon diz:
. - Cavalgando como um homem possuído Corlys buscava encontrar algum indício de Rhaenys, fazendo pouco caso para qualquer má conduta que poderia ter presenciado no caminho. Parou o cavalo ao lado dos dois soldados Targaryen, logo perguntando sem gastar palavras: - -- A princesa? - O tom veio cheio de urgência. A situação era clara, se Rhaenys tivesse sido acompanhada por aqueles sujeitos eles saberiam responder. Alguns filetes de suor desciam pelo rosto do cavaleiro entrando na sua barba e nas roupas por baixo da armadura, embora o esforço maior tivesse sido da montaria em levá-lo até ali.
diz:
. - "Está aí dentro, sor." - ele respondeu e o cumprimentou com um abaixo de cabeça. - "Pediu para não ser incomodada, mas fizemos questão de que dois dos nossos a acompanhasse, apesar dela ter sido contrária."
diz:
. - "Que fique claro que dissemos para ela espera-lo, sor. Mas ela também não quis nos ouvir quanto a isso, e falou que se não a seguíssemos para a fazer sua guarda, partiria para cidade sozinha. Não tivemos escolha." - o outro também abriu a pouca com medo de serem repreendidos.
Corlys Velaryon diz:
-- Vocês dois. - O Guarda Real apontou para os homens que o acompanharam. - -- Cavalguem a toda de volta à Fortaleza e tragam o reforço. - Ordenou desmontando do cavalo e entregando a rédea a um dos quatro de Rhaenys: - -- Falaremos sobre isto mais tarde. - Pela forma como disse, estava claro que não seria uma conversa agradável. Corlys adentrou o estabelecimento sem delongas, buscando pela princesa. Sentia tensos cada um de seus músculos dos pés à cabeça, e também os ossos embora duvidasse que isso fosse possível.
diz:
Passou primeiro pela recepção. Um local com várias almofadas e cadeiras acochadas para que os visitantes pudessem se acomodar. Apesar de ser um estabelecimento na baixada das pulgas, e diferente da faixada da casa, por dentro era um ambiente enriquecido. Foi abordado por um rapaz jovem, de cabelos loiros e longos que de cara o perguntou que tipo de diversão estava procurando. Só então, ele notou a Capa Branca nas costas de Corlys, e abaixou a cabeça. O Guarda Real teve de pergunta-lo para onde seguir, e sem rodeios, o rapaz o indicou. Chegou de frente com uma porta de madeira dupla em uma semi-lua. Os outros dois homens Targaryens estavam ali e se curvaram diante a presença do Guarda Real. Eles nada falaram quanto a porta fechada ou a Princesa ter pedido para não ser incomodada. Não seriam aqueles dois que ficariam na frente do Guarda Real. Corlys estava molhada, devido à forte chuva que estava caído sobre eles. Entrou de uma vez só onde a Princesa estava e a encontrou com pelo menos, dez meretrizes.
Algumas estavam seminuas, outras completamente nuas. Todas deitadas sobre um enorme colchão circular no meio da sala enquanto Rhaenys estava sentada em uma cadeira acolchoada tratando algum assunto com elas.
C - Rhaenys Targaryen diz:
Assustada pela entrada repentina a Princesa olhou para trás para ver quem era e então, fechou a cara: - "Está atrasado, Corlys" - ela falou de forma despreocupada e repreendendo o Guarda Real voltando sua atenção para as mulheres em sua frente, ignorando completamente o cavaleiro.
diz:
A Princesa estava vestida de roupas simples, pouco brilhantes e além disso, um sobretudo enegrecido com um capuz propício para esconder seu rosto e sua identidade.
Corlys Velaryon diz:
. - Parado onde estava Corlys correu o olhar por Rhaenys e então para todas as meretrizes que lhe faziam companhia, logo desviando-se de volta para a princesa. Respirou fundo, mas não ajudou a se livrar da expressão de lábios apertados que traía uma irritação muito mais severa do que a de Rhaenys pelo "atraso" do seu Guarda Real. O Velaryon cerrou os punhos um ao lado do corpo e outro no pomo da espada segurando uma resposta indigna que teria para a princesa. Respirou fundo mais uma vez, enxugando o rosto da chuva e suor. Rhaenys e ele também teriam uma conversa mais tarde assim que Corlys terminasse de recuperar a razão e estivessem no local adequado. Por ora limitou-se a alertar sobre os trajes da princesa: - -- Se pretendia passar despercebida, Vossa Graça, saiba que mais vinte homens de armas chegarão em instantes. - Avisou-a em um tom seco cujo fôlego ainda não tinha sido completamente recuperado, assumindo a sua posição de guarda próximo da princesa.
C - Rhaenys Targaryen diz:
. - "Vinte homens ainda são mais discretos que você vestido nessa armadura platinada e com essa Capa Branca nas costas, sor." - retrucou em um tom de teimosia e continuou com sua atenção virada para as meretrizes à sua frente. - "O que acham garotas? Do meu galante protetor. Do meu cavaleiro branco montado em um cavalo branco para me salvar?" - zombou dos cavaleiros das histórias referindo-se à Corlys como um.
diz:
. - "Temos de ver se ele continua tão cavalheiresco como está agora, quando está completamente despido, Vossa Graça." - uma respondeu e as outras deram todas um risinho. - "Normalmente cavalheiros como eles, os mais comportados, são os piores em quatro paredes." - ela continuou com o comentário e as outras riram mais uma vez. A Princesa concordou com um chocalhar de cabeça.
C - Rhaenys Targaryen diz:
. - "Meninas!" - disse em um tom de repreensão, mas ao mesmo tempo, sarcástico. - "Não digam essas coisas do meu honrável Corlys." - a Princesa disse com um sorriso também sarcástico nos lábios. Sentada e com o Guarda Real ao seu lado, ela agarrou uma das mãos do mesmo e o puxou para perto de si, cochichando no ouvido do mesmo. - "Achei que chegaria com um sermão do tamanho dos livros de história que eu era obrigada a ler, sor. Estou impressionada." - brincou.
Corlys Velaryon diz:
-- Mais tarde, Vossa Graça. - Sussurrou de volta sem qualquer pingo da diversão que Rhaenys parecia ter. Corlys queria estar em plena consciência e razão quando tocasse no assunto. Retomou a sua posição recolhendo a sua mão lentamente mas com firmeza do puxão da princesa. Deparado com todas as meretrizes praticamente desnudas e suas provocações, o cavaleiro não pôde deixar de notar que conforme se esvaía sua raiva outros sentimentos tão ardentes quanto mas não tão puros começavam a despertar. E em vez de poder ter qualquer uma delas, ele tinha votos. Virou-se de forma a fitar o chão na direção da princesa e não as meretrizes, mas no entanto isso não foi o suficiente. "Lollys Stokeworth", disse mentalmente, imaginando-a. Lollys Stokeworth, tímida, ingênua e sem graça como o cordeiro de seu brasão. Lollys Stokeworth, que tinha em largura metade da sua altura. Corlys não gostava de ter que usar desta artimanha para manter-se honesto, mas gostaria menos ainda de quebrar os seus votos com alguma daquelas mulheres.
diz:
A conversa da Princesa durou por cerca de mais cinco minutos. Duraria mais... Se tivesse a chance.

Um dos guardas bateu na porta e entrou. Corlys notou que não era um dos dois que estava do lado de fora daquela porta. E sim, um dos dois que estava do lado de fora do estabelecimento. - "Sor, uma pequena confusão está se criando..." - ele disse afoito.
Agora com a porta aberta, o barulho do lado de fora do bordel não estava mais sendo abafado e o Guarda Real pode escutar. - "Maldito seja!" - uma voz aleatória gritou, seguida por outra. - "Vem vestido em sua armadura brilhante enquanto passamos fome." - uma terceira veio logo após. - "Passamos fome enquanto vocês se banqueteiam!" - e então um aglomerado gritou. - "Maldito seja!"
C - Rhaenys Targaryen diz:
. - "Parece que você trouxe a atenção que eu não desejava consigo, sor." - Rhaenys comentou se levantou e preparando para se retirar dali, sabendo que este, seria o que o Guarda Real iria querer fazer de imediato.
diz:
Assim que ela se levantou, puderam escutar um barulho do vidro de uma janela sendo quebrada. Os guardas que estavam do lado de fora - os sete de Corlys e o último que havia seguido Rhaenys. - entraram com os escudos levantados e lança em mãos. Um deles estava gritando. - "Afastem-se. Afastem-se ou serão mortos!" - eles tentavam manter os plebeus do lado de fora. Até que mais um barulho de vidro se estilhaçando aconteceu... Mas dessa vez não havia sido apenas uma pedra. Algo também feito de vidro se chocou com o chão e então Corlys escutou o barulho de fogo se alastrando. - "Filho da puta!" - um do guarda pulou para longe e quando Corlys chegou na sala em que os homens estavam, notou que havia sido um molotov improvisado. O fogo começou a se alastrar pouco a pouco, mas mais garrafas começaram a voar para dentro do recinto fazendo com que o fogo aumentasse de forma considerável. - "Sor Corlys o que devemos fazer?!" - um dos guardas gritou. - Há pelo menos meia centena deles lá fora, e consigo ver mais vindo pelas vielas!" - um outro informou.

Rhaenys já se escondia assustada com a confusão que havia começado e com o fogo que cada vez mais se alastrava por todos os cantos. As meretrizes já entravam em desespero e procuravam um canto seguro dentro daquela sala. Corlys conseguiu perceber pelos gritos furiosos das pessoas lá foram, que eles não estavam ali pela Princesa. Possivelmente nem sabia da presença dela ali. Estavam furiosos com a sua presença e o que ela significava naquele bairro imundo em que eles viviam.
C - Rhaenys Targaryen diz:
. - "Sor...?" - Rhaenys agarrou um de seus braços e se escondeu atrás de sua capa assustada enquanto esperava Corlys tomar uma decisão...
diz:


Fim do Capítulo 3, Corlys Velarion!


Última edição por Dean em Qui Jun 22, 2017 7:41 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem  Dean Qua Jun 28, 2017 11:52 am

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Season 2, Capítulo 4


King's Landing - Baixada das Pulgas: ensolarado


Que situação era aquela que o Guarda Real havia se metido? Podia ouvir do lado de fora daquele casebre em que estavam que as coisas estavam piorando. Cada segundo que passava, mais vozes se juntavam ao alvoroço o que indicava que cada vez mais pessoas e plebeus estavam se junto aquela "causa" que eles pareciam estarem brigando. Corlys tinha oito homens ao seu lado, oito soldados experientes, mas que contra uma multidão daquelas não teriam muitas chances. Poderiam matar uma dezena, talvez mais, mas no fim, seriam massacrados pelos plebeus. Estavam afoitos e desesperados pela situação, não sabiam o que fazer, e o barulho de vidro e das labaredas de chamas apenas aumentava. Dois homens tentaram avançar pela porta da frente com adagas em suas mãos, mas um dos soldados empurrou-os para trás com seu escudo e em seguida atingiu com a ponta de sua lança a jugular de um: - Para trás malditos! - ele xingou e começou a brandar sua lança para impedir o avanço de qualquer um outro. - Sor? - outro virou-se esperando por ordens. - Precisamos de uma saída pelos fundos! - a voz de outro soou, e em seguida, uma meretriz respondeu em meio a gritos. - Não há! Onde acham que estão? Em um estabelecimento luxuoso? Façam algo, pelos deuses, são soldados! - disse em meio ao seu desespero. Agarrada em um de seus braços, Rhaenys lagrimejava de medo e não se afastava de seu protetor.

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- Era exatamente isso que eu estava tentando evitar, sor. Exatamente por isso não os trouxe. Eu vim disfarçada para evitar chamar muita atenção, mas você a trouxe direto para mim - ela lembrou-se então do motivo de estar ali naquele estabelecimento e a importância do que estava fazendo, olhou para os lados a procura de algo ou de alguém, e então a encontrou - Melysa! - estendeu a mão em sua direção e gesticulou para que se aproximasse - Depressa! Para perto de nós. - gritou e a mulher veio para perto de si. Era só mais uma meretriz, seminua e sem muito diferencial das outras. Era até bonita, mas Corlys não notou muito aquilo devido a situação em que estavam. - Sor, deve protegê-la assim como protege à mim com a sua vida. É uma ordem, ouviu? - disse em um tom autoritário e sem o medo que transbordava em sua voz anteriormente.


Defender uma meretriz com a sua própria vida? Iria ele, Corlys Velaryon, membro de uma família importante, um cavaleiro renomado e conseguido por todo o reino, um Guarda Real, dar a sua vida por uma mulher qualquer? Ficou confuso por cerca de um segundo, mas então o barulho voltou a alarmá-lo. Mais homens começaram forçar uma tentativa de entrada, e um só soldado não estava sendo o suficiente para mantê-los de fora, o que levou um outro a ajudá-lo. Corpos de plebeus começaram a se acumular nos pés dos homens, mas quando os outros lá de fora se enfurecessem mais e perdessem o medo que estavam daqueles homens armados, um enxame de plebeus iria transbordar aquele estabelecimento e ninguém sobreviveria. Corlys podia manter a defesa do lugar, mesmo em chamas, e esperar pelos reforços que ordenou que fossem tragos. Mas haviam acabado de partir, havia ainda de percorrer o caminho até a Fortaleza Vermelha, juntar os homens, cavalgar pelas ruelas da cidade para então chegar ali. Aguentariam tempo o suficiente para que os reforços chegassem? O fogo não consumiria o lugar por inteiro antes que pudessem chegar? Havia alguma outra jogada a ser feita naquela situação? Perguntas transbordaram o Guarda Real que nunca havia se visto em uma situação tão complicada quanto aquela. - Filhos da puta! Arranquem suas armaduras para que possamos alimentar nossos filhos! - escutou um grito enfurecido do lado de fora





Última edição por Dean em Seg Jul 10, 2017 1:40 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem  Sor Corlys Velaryon Qua Jul 05, 2017 2:40 pm

Foi inevitável para Corlys ponderar por um ligeiro instante silencioso se nos quase trezentos anos de história da Guarda Real algum outro cavaleiro teria se encontrado em uma situação que chegasse aos pés de ser tão igualmente ridícula e letal, simultaneamente, quanto esta. O Cerco do Bordel não era o tipo de batalha que acabava descrita no Livro dos Irmãos. Neste, ao menos, ele não encontraria nada parecido. Mas não era hora de pensar em como gostaria de ser lembrado ou de recriar em uma raiva desgostosa a sequência de eventos que o tinha levado a esta situação. Podia ouvir com clareza a multidão irada não tão longe de onde estava. Contemplação e história não tirariam Rhaenys daquela fossa em segurança, mas aço e ação o fariam. E em tempos de guerra Corlys não dispensava parte alguma do seu aço, por mais pesado que fosse. Além da armadura cobrindo-o do elmo aos escarpes; da sua confiável espada, obviamente; ele também trazia o escudo em suas costas, embora ainda não o tivesse empunhado. A organização da defesa e retirada tomava prioridade sobre o seu envolvimento no combate.

– Vocês dois, reforcem  a entrada e mantenham o terreno! – As ordens começaram a soar na voz autoritária do Velaryon, comandando que por ora a entrada principal fosse guardada por quatro lanceiros sem qualquer recuo. Corlys sentia Rhaenys agarrada ao seu braço e escutava o que ela dizia entre os seus próprios gritos. – Vocês dois, montem uma barricada na porta! Cadeiras e outros móveis, tragam um armário de um dos quartos se for preciso! Vão! – O bloqueio não bastaria para impedir completamente a passagem, mas qualquer dificuldade que existisse na entrada, fosse uma barreira na altura dos joelhos ou da cintura, já renderia vantagem e tempo aos desesperados aspirantes à sobreviventes dentro daquele bordel. Contando com estes dois guardas, ao todo já eram seis os que tinham tarefas designadas. Corlys olhou para o lado e fitou por uma fração de segundo a meretriz indicada pela princesa. Escutara a ordem, porém não houve resposta. Em seu rosto havia apenas a expressão severa de um comandante tentando fazer o máximo com os escassos recursos que tinha em mãos, sua boca expedia apenas ordens. – Vocês dois, vasculhem os fundos e se certifiquem de que não há saída. Neste caso, criem uma. Encontrem um ponto vulnerável e usem como aríete um armário, uma cama... Desgraça, usem as unhas para arranhar através da madeira, não me importa como. FAÇAM ACONTECER. – Com estes dois últimos guardas em ação Corlys já tinha colocado ao trabalho todos os seus oito homens-de-armas. Uma saída pelos fundos para uma ruela ou para algum outro prédio era por onde o Velaryon apostaria uma retirada e a sobrevivência dos seus protegidos, que naquele momento englobavam Rhaenys, os guardas e até as aias da princesa, para a sua própria surpresa.

Ainda havia mais corpos ociosos sob aquele teto, e o trabalho suado que fariam não seria aquele com que estavam acostumados. Corlys largou-se do agarro de Rhaenys e caminhou até um dos lados do bordel, fitando o maldito fogo que sempre o praguejava, fosse em mar nos orgulhosos navios da Frota Real ou em terra dentro de um bordel. Arrancou da parede uma grande tapeçaria decorativa e atirou-a ao chão em frente a algumas das meretrizes de Rhaenys. Elas estavam em maior número do que seus guardas, também teriam que carregar o seu peso, e se alguma vez conseguiriam se provar confiáveis para o Guarda Real, isto começaria aqui. – Arranquem essas tapeçarias das paredes e abafem as chamas! Molhem o tecido se houver água! – Podiam não ter barris cheios, mas ao menos alguns baldes e vasilhas deveriam existir nos quartos de um bordel assim tão abastado em seu interior. Aquilo que queimava não era o fogovivo que Aerys tanto adorava. Mesmo secas, as tapeçarias ainda podiam extinguir ou ao menos limitar o avanço do fogo.

– Rhaenys. – Naquela situação a etiqueta tinha ido pela janela de encontro à multidão raivosa. Corlys chamou-a pelo nome, não de Princesa ou Vossa Graça, e trouxe-a junto de Melysa até um canto da recepção no alcance da sua vista mas afastado das chamas e da ameaça plebeia. Vestiu na Princesa o capuz do manto grosseiro que ela trajava para a sua fuga da Fortaleza Vermelha. A última coisa que Corlys precisava era que ela fosse vista e identificada. Segurou-a pelos ombros e olhou-a nos olhos. A urgência do Guarda Real era clara e imediata assim como a sua preocupação pelo bem-estar da Targaryen, e precisava que Rhaenys o escutasse e colaborasse. – Fique onde está e mantenha-se fora de perigo. Preciso que coordene suas garotas para que apaguem o fogo enquanto os guardas e eu seguramos essa gente, mas não se coloque em risco, Rhaenys. – Repetiu ele, caso a primeira vez não tivesse sido suficiente. – Não morreremos hoje, e com certeza não morreremos em um bordel. – Concluiu Corlys querendo passar um tanto da sua segurança à princesa amedrontada, aguardando uma confirmação antes de se afastar dela.

Por fim, Corlys julgaria qual dos grupos necessitaria mais da sua ajuda imediata. A prioridade era que os quatro lanceiros mantivessem controle do afunilamento da entrada, pois se o perdessem... Não queria sequer pensar no que aconteceria se perdessem aquela vantagem logo agora. Se houvesse sinais de que estivessem perdendo terreno, Corlys se juntaria aos lanceiros, espada e escudo empunhados, para afastar mais a multidão enquanto se montava a barricada. Caso contrário ajudaria a dupla encarregada pelo bloqueio.


Última edição por Sor Corlys Velaryon em Qua Jul 12, 2017 2:36 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem  Dean Seg Jul 10, 2017 1:08 am

Corlys pensou rapidamente. Deu suas ordens aos seus homens e os dividiu em grupos diferentes para que pudessem conter aquela multidão enfurecida. Suas ordens para as meretrizes também foram dadas, e por mais assustadas que tivessem, o pingo de esperança acendeu no rosto delas quando viu o homem vestido em branco fazendo o possível para salva-las. Desordenadamente, elas foram cumprindo o que havia sido pedido. Uma saiu correndo com um balde d'água nas mãos, mas escorregou no meio da confusão e jogou toda aquela água fora. Outra rasgou um pedaço de cortina e jogou sobre o fogo, mas ao invés de apagar, apenas ajudou com que se alastrasse um pouco mais. No fim, elas acabaram conseguindo amenizar a labareda de avançar, mas a situação estava longe de estar resolvida.
- Queimem esses bastardos! - a multidão continuava tentando forçar seu caminho para dentro.
Não bastasse todas as adversidades que estavam contra o Guarda Real e seus homens, pedras começaram a voar pela janela. Pedras que muito provavelmente eram atiradas por fundas pelo lado de fora. Apesar de não tão perigosas, na grande quantidade que elas estavam sendo atiradas, uma hora poderia causar problemas - claro que não à Corlys, que estava vestido em metal dos pés a cabeça. No máximo, aquelas pedras seriam capazes de amaçar sua bela armadura.
- Bem aqui. Vamos quebrar! Aquela cama, rápido - escutou o terceiro grupo dentro de um dos cômodos gritando sobre uma possível passagem.
O rápido pensamento de Corlys e a incrível ideia de se criar uma rota de fuga parecia ter funcionado, mas ainda não concretizada. Escutou as fortes batidas vindo daquele cômodo e os gritos de esforços de seus homens que colocavam toda suas forças em cada batida.
A única passagem que era um corredor que levava para onde os quatro soldados Targaryens fechavam a passagem já estava coberto por corpos. Os homens que tentavam avançar do lado de fora para dentro, agora tinha de tirar os corpos que estavam na frente para abrir caminho, que pela grande quantidade de mortos pelas lanças dos quatro soldados, tornava a passagem praticamente impossível - um ponto a favor de Corlys.
Mas como as coisas nem sempre são belas, aquele fator de uma passagem impedida, apenas fez com que os homens raivosos do lado de fora procurassem uma outra forma de invadir. E não foi difícil. Escalando um sobre o outro e recebendo um pouco de impulso, logo muitos deles conseguiram o alcance para chegar até a janela do estabelecimento e de um a um, Corlys viu o ambiente em que estava se infestar. Uma dúzia de homens armados de facas e outras armas improvisadas já haviam invadido. Três meretrizes já haviam sido degoladas pelos homens que entraram pelas janelas surpreendendo a todos e as matando em sangue frio.
- Você é o próximo, filho da puta! - um deles gritou para Corlys que brilhava com sua armadura no meio daquela confusão.
Rhaenys e Melysa por enquanto, estavam salvas logo atrás de Corlys, perto do quarto em que o terceiro grupo que ele havia separado, tentava criar uma rota de fuga.
Uma coisa ficou clara: sua espada beberia sangue e sua armadura não sairia dali tão branca quanto estava quando entrou.

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Mensagem  Sor Corlys Velaryon Seg Jul 10, 2017 2:14 pm

– As duas esperem por mim dentro do quarto! Vão! – Bradou Corlys urgentemente e com pouca cerimônia na direção de Rhaenys e Melysa. Rhaenys estaria mais segura próxima da saída do que ao lado do seu defensor, e cortesia teria revelado a identidade da princesa encapuzada e feito dela um alvo prioritário, o que era a última coisa que o Guarda Real queria. Ele empunhou o cabo da espada e puxou a arma da bainha. O metal reluzente da lâmina exibia um padrão ondulado ao longo do seu comprimento, o reflexo das chamas cintilando no fio e em cada uma das curvas mais claras como se do aço se originasse. O cavaleiro deu cobertura às duas mulheres até que estivessem afastadas e em segurança enquanto homens e mais homens invadiam pela janela formando uma ameaça cada vez mais problemática, e uma que o Velaryon pretendia combater.

– Esqueçam a barricada! Às armas, escudos erguidos! Um de vocês da entrada, comigo! E mais um para o quarto dos fundos! – Ordenou, gerenciando minuciosamente os seus recursos de acordo com o fluxo da batalha. Os dois guardas encarregados pela barricada que até então não haviam desempenhado qualquer auxílio notável teriam que lutar ao seu lado. Precisaria do apoio deles para conter o avanço. Desta forma, a nova distribuição seria a de dois guardas na entrada bloqueada por corpos, três ao lado do Guarda Real contendo o avanço pela janela, e os últimos três quebrando a parede para possibilitar a sua retirada. Seus passos foram rápidos entre as meretrizes, e com sua mão dominante empunhando a espada usou a outra para catar do chão por algum canto ainda intacto a maldita cortina em chamas, arrastando-a atrás de si e rumando contra o tumulto. Começar a passar na espada os moradores da cidade estava longe de ser o seu desejo, mas a situação já havia escalado além de qualquer possibilidade de ser controlada pacificamente. Ele inspirou quando seu braço recuou para armar o ataque, e suspirou pesadamente quando desferiu o primeiro golpe que veio na forma de um corte em arco, amplo e horizontal, iniciando a sua conta de açougueiro, o cavaleiro tendo através deste também a intenção de abrir caminho para a sua próxima manobra. Atirou a cortina flamejante na direção da janela e dos homens que dela invadiam o terreno que devia ser recuperado pelos defensores. Era na janela que Corlys queria o fogo, e não ao seu redor.

– HURRAH! – Liderou o Velaryon em um grito de guerra com toda a potência de sua voz, um grito que, seguindo o cavaleiro, os seus homens-de-armas saberiam que deveriam repetir na mesma intensidade. Moral era importante, é claro, mas o que ele também buscava era fazer parecer com que seus nove combatentes, contando ele próprio, soassem como uma força maior para o inimigo. Na desvantagem em que estava, Corlys aceitaria qualquer multiplicador de força que estivesse ao seu alcance. Que aqueles do lado de fora pensassem que eram vinte ou trinta os defensores dentro do bordel. Os defensores, homens de guerra, persistiriam por já conhecerem os horrores de uma batalha, além de estarem lutando pela sobrevivência, um instinto básico de qualquer homem e que logo deveria se despertar em toda aquela gente que ousava avançar contra o bordel. Quando tivessem que escalar uma janela sentindo o fogo arder em seus rostos e escorregando no sangue derramado dos invasores anteriores, o cavaleiro testemunharia o quão longe ia a vontade que este povo tinha em seguir com sua revolta assassina.

Corlys manteve seu braço esquerdo erguido vários palmos em frente à sua cabeça para se proteger de qualquer projétil que fosse atirado e que pudesse atingi-lo no rosto, a área exposta pelo seu elmo de Guarda Real. Coberto de placas e enfrentando camponeses sem armadura e armados com facas e outras armas improvisadas, o escudo era um exagero que apenas o atrasaria. Tanto em ataque quanto em defesa a superioridade era do Velaryon que pretendia explorar cada uma de suas vantagens ao seu máximo. Com mais guerreiros juntando-se ao seu lado para restringir o avanço dos agressores, ele armou o seu braço de espada para desferir o próximo ataque. Sua estratégia seria a de que, neste caso, a melhor defesa era o ataque. Abusaria do alcance superior da sua espada para tombar os inimigos antes que pudessem lhe oferecer qualquer perigo.

Fogo, sangue e moral predominante renderiam aos defensores o tempo necessário para que fizessem sua retirada pelos fundos.


Última edição por Sor Corlys Velaryon em Qua Jul 12, 2017 2:36 am, editado 3 vez(es)

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Mensagem  Dean Ter Jul 11, 2017 4:07 pm

Rolagem de Dados - Corlys:
1d10+8 (Carisma + Liderança + Vant. Líder Nato)
1d10+10 (Atlestimo + Ofícios de Guerra + Vant. Senhor do Combate)


Corlys:1D10+8 → 16(8 + 8 )
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Mensagem  Dean Ter Jul 11, 2017 5:18 pm


Os gritos de fúria dos homens logo se misturou com gritos de agonia e dor. Corlys avançou sobre os homens que invadiram o estabelecimento de espada em mãos e começou a brandir sua espada com maestria. Cada movimento que fazia era um homem que caía ao chão. Viu diferentes rostos e tipo de homens, mas não se importou de cortá-los um a um. Usou muito bem o alcance maior que tinha com a sua espada e impediu que a maioria dos invasores se aproximasse. Um deles se aproximou o suficiente para tentar enfiar uma adaga pela armadura de Corlys, mas o objeto pontiagudo era tão porco, que nem arranhar a armadura branca conseguiu. Corlys o desmontou com um rápido soco com a parte de trás da mão revestida em sua manopla de aço contra o rosto do sujeito que logo caiu apagado. Seus homens lutavam ao seu lado com as suas lanças impedindo que outros subissem pela janela e a cortina que queimava também fazia o trabalho de dificultar a entrada dos invasores.
Corlys definitivamente era um Líder Nato. Sua forma de agir, seu raciocínio rápido, decisões inteligente e comandos, não só inspirou seus homens como os deu esperanças de que poderiam sair dali vivos. - URRAHHHHH! - eles repetiram o grito de guerra de seu comandante e avançaram para cima dos inimigos inspirados por este. Os inimigos que haviam conseguido entrar, rapidamente foram repelidos, e até o momento, os lealistas conseguiam manter a defesa do cerco daquele bordel em chamas.

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- Corlys! - escutou a voz da princesa e imediatamente olhou para trás imaginando que ela estivesse em perigo. Não estava. - Cuidado! Isso não está acontecendo por uma coincidência. - ela o alertou ao mesmo tempo que lhe tirou atenção.

O alerta não foi o suficiente para deixá-lo ainda mais cuidadoso com a situação. Até agora, os plebeus que tentavam invadir usavam apenas fundas, facas e armas improvisadas no combate. Quando voltou seu olhar para frente foi surpreendido. Uma seta entrou pela janela a sua frente e bateu com sua ponta no ombro de Corlys. Não foi o suficiente para penetrar a grande defesa da armadura do guarda real, mas foi o suficiente para retirar uma pequena lasca desta. Abaixou-se e pegou com a mão vazia o que havia restado da flecha que se espatifou ao bater na sua armadura. Olhou a ponta e notou: não era uma flecha porca e qualquer. Era uma flecha de qualidade e bem feita. Quando levantou-se com a ordem para que seus homens tomassem cuidado, viu um virote atingindo um dos dois que lutava ao seu lado bem no pescoço. Ela varou o gorjal que ele vestia e Corlys pode ver o homem engasgando em seu próprio sangue. O sangue escorria para fora de seu gorjal enquanto ele soltava sua lança no chão e levava sua mão até o objeto pontiagudo que estava fincado em si. Ele cambaleou para trás e caiu no chão sentado, fraco e sem forças. Se arrastou para trás até conseguir um encosto em uma parede e ali ficou atônito tentando respirar ainda vivo apesar do golpe fatal.
Foi só então que Corlys entendeu de fato as palavras da Princesa: Aquilo não tinha acontecido por um acaso, alguém estava por trás daquele ataque e na tentativa de assassinar a Princesa.
- Está quase quebrando, ser! Já derrubamos metade. Mais um pouco e traremos essa parede ao chão. - avisou um de seus homens




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Mensagem  Sor Corlys Velaryon Qua Jul 12, 2017 2:34 am

O confronto contra os invasores fora tão breve que mal poderia ser chamado de combate. Moveu-se e cortou, respirou e talhou, e estava acabado após o sortudo que tentou apunhalar o Velaryon recebeu a manopla em vez da espada. Os soldados lutavam determinados e tudo parecia decidido até sentir aquela pancada no ombro da seta que falhou em perfurar sua armadura. Aquele tipo de armamento estava muito além das lâminas cegas e outras armas toscas que a multidão tinha exibido até agora.

– ERGAM OS MALDITOS ESCUDOS! – Berrou novamente o Guarda Real, irritado, assim que viu o homem ao seu lado tombar com o projétil cravado em sua garganta. Corlys trouxe das costas e empunhou o seu próprio escudo, visto que a situação havia mudado para uma mais letal. Segurou-o em frente ao seu peito e cabeça conforme andava para o lado e instruía que os outros dois fizessem o mesmo. – Não fiquem em frente às janelas! – Da posição onde estava, ao lado da janela, ainda poderia atacar da mesma forma qualquer outro invasor que não prezasse pela própria vida, além de estar mais seguro contra os próximos disparos por dificultar o ângulo dos atiradores. O cavaleiro respirou fundo e mais uma vez analisou observando por cima de seu escudo o que se passava no bordel, o seu campo de batalha. Ambas as entradas eram afunilamentos de passagem acidentada, fosse pela altura da janela, pelo fogo, ou pela pilha de cadáveres próxima da porta da frente. Por ora estava tudo sob controle.

– Mantenham e defendam suas posições! – Ordenou Corlys se afastando da frente do bordel por um momento, caminhando rapidamente com seu escudo ainda o protegendo, até o quarto dos fundos. Queria ver com seus próprios olhos qual era o progresso do trio em derrubar a parede. E é claro, já pensar com antecedência, agora que tinha este conforto, como seria feita a retirada. A espada do Velaryon era sangue da ponta até três quartos da distância à guarda, tendo também algumas manchas de mesma cor e um arranhão em sua armadura, e sua capa já não era de um branco imaculado como antes. Embora ele não tenha se importado com nada disto em meio ao caos, Rhaenys talvez notasse. – Para dentro do quarto, Princesa. Junte suas garotas, precisaremos sair daqui rapidamente. – A este ponto o Guarda Real realmente almejava tirar daquele bordel o maior número de pessoas possível, embora Rhaenys ainda fosse de longe a sua prioridade. A meretriz Melysa não recebeu mais do que um olhar de uma fração de segundo. Ele tornou a observar o progresso na saída que seria a sobrevivência de todos os presentes, pouco se importando em desenvolver o pensamento de que aquele teria sido um ataque premeditado. Escoltaria Rhaenys de volta à Fortaleza e depois poderiam pensar nisto com clareza.

Corlys sentiu o calor dentro de sua armadura e suor escorrendo do seu elmo. De onde estava, em frente à porta do quarto, com Rhaenys ao seu lado e cobrindo-a de qualquer ameaça, observou a parte da frente do prédio e a saída aos fundos. Se as entradas ainda estivessem sob controle juntaria-se aos homens com o aríete improvisado e colocando neste a força de mais um par de braços; ou caso houvesse sinais de que a linha de frente ruiria, seria para lá que ele retornaria para continuar o trabalho de açougueiro.

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