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POVs! Empty Rhaegar Targaryen

Mensagem  Dean Sex Jun 02, 2017 2:22 am

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POV!

Era uma noite gélida e chuvosa. Estavam dentro daquele quarto apenas cinco almas. Uma mulher estava deitada na cama e berrava de dor. Ao seu lado, duas senhores a ajudavam naquela árdua tarefa pela qual ela já sofria algumas horas. Dois homens assistiam a cena aflitos, e um deles, tentava dar todo o apoio moral para aquela que estava deitada na cama.

– Você consegue! – Ele dizia e ela gritava em resposta. Ele repetia suas palavras, e mais gritos podiam ser ouvidos. – Já estou vendo a cabeça. – Uma das senhoras falou. A mulher deitada na cama estava ensopada e completamente suada, mas as velhas, também não estavam em situação muito diferente. Limpava o suor que acumulava em suas testas com a própria roupa, e continuava o seu trabalho.

– Empurre minha senhora! Só mais um pouco... Empurre! – E a mulher voltou a urrar. Gritou até o momento em que sentiu-se aliviada. Não havia mais motivo para fazer forças. Suas costas encostaram-se no colchão e sua cabeça relaxou na almofada que estava logo atrás. O choro da criança veio logo em seguida. Completamente banhada em sangue, uma das senhoras segurava o bebê em suas mãos. A outra, imediatamente o cobriu para protege-lo do frio.

O segundo homem sorriu e bateu palmas, andou até o outro, e o abraçou fortemente. – Parabéns! – Falou animado. O amigo, retribuiu o abraço e andou rapidamente até a mulher deitada, que naquele momento, já tinha seu filho em mãos. Seus olhos cobertos de lágrimas de alegria, se encontravam apenas com os olhos de seu primogênito. – Ele é tão lindo... – Falou como se estivesse diante de uma das sete belezas do mundo. O pai se ajoelhou no pé da cama e segurou a mão da mulher e com um sorriso no rosto falou. – Ele é. O nosso filho. – Falou orgulhoso. A mulher concordou com a cabeça e então, ele se juntou à ela na cama. Os três, passaram o resto da noite ali, juntos, grudados um ao outro.

– Exijo falar com Príncipe Rhaegar Targaryen! – Uma voz gritou do lado de fora dos portões. A mesma voz que já gritava aquela mesma frase por horas, e até o momento, nenhuma resposta havia sido recebida. – No nome de Robert Baratheon, exijo falar com Príncipe Rhaegar Targaryen para discutir os termos de rendição de Summerhall. – A voz continuou gritando, isso não mudou o fato de também continuar sendo ignorada.

– Vossa Graça. – Jon Connington chamou o príncipe entrando em seus aposentos. – Lorde Grandison e Lorde Cafferen trocaram de lado após a batalha do Tridente. Como já sabes, juntaram seus homens, e trouxeram dois mil homens para nossos portões. Estão exigindo sua presença. – O Lorde de Griffin’s Roost informou ao príncipe.

– Deixem que fiquem sem voz de tanto gritar. Temos mil homens dentro de Summerhall, nunca conseguiram invadir o castelo, e temos suprimentos para aguentar meses de cerco. – Logo veio a resposta de Rhaegar. Jon balançou a cabeça negativamente e continuou informando seu príncipe.

– Rhaegar... – Falou com um pouco mais de intimidade agora. – recebemos um corvo. Robert Baratheon está liderando seus homens em nossa direção. Não estão longe. Seu exército estará em nossa porta em dois dias. Dois dias. – Repetiu. Balançou a cabeça negativamente e levou as mãos até a cabeça. – Não temos força para resistir uma invasão do exército de Robert combinado com os dois mil homens que já estão em nossos portões. – Jon estava evidentemente preocupado, e não havia muitas esperanças na fala do homem, muito menos na sua forma de agir.

– Dois dias? Quanto tempo levará para Lorde Tywin e Lorde Mace se juntarem a nós? – Perguntou Rhaegar. A resposta, veio em seguida. – Três, talvez quatro dias. É o fim? – Jon perguntou de volta, mas antes de ter uma resposta, continuou. – Nós tivemos nossa chance para derrota-lo na Batalha do Tridente. – Continuou negativando com a cabeça. – Se Eddard Stark não tivesse... – Rhaegar o interrompeu.

– Fique calmo Jon. Perder a cabeça agora não ajudará em nada nenhum de nós. – O Príncipe falou em um tom calmo. Era uma situação desesperadora aquela em que se encontrava. Em dois dias, seria o seu fim, com toda certeza, no entanto, agia com a calma de um dia qualquer e comum. – Entrar em desespero agora não nos ajudará bolar um plano Jon. – Havia um mapa sobre a mesa de Rhaegar, um mapa da região em que estavam, e havia bonecos que serviam para ilustrar as tropas em campo de batalha.

– Só estás enxergando duas opções Jon. A de lutar ou de render. Não há apenas essas duas. Seu desespero está o cegando. Quando não gostar da mesa que foi lhe preparada, a vire a seu favor. – Rhaegar terminou seu comentário, e derrubou os bonecos que estavam em cima do mapa. – Tudo o que precisamos neste momento, é de tempo. Uma forma de conseguirmos tempo para que o exército dos Tyrell e dos Lannister, se unam a nós. Teremos então, força para combater o exército do usurpador. –

Rhaegar levantou-se e se apoiou sobre as duas mãos observando o mapa. – Mas como compraremos esse tempo que tanto precisamos? – Seus olhos deslizavam pelo mapa, assim como os de Jon. Foi este, que perdido, falou: – Não há meios para isso Rhaegar. Robert não é estúpido. Sabe que se lhe destruir, nenhum outro Lorde se uniria a causa dos lealistas. Quem diabos iria querer se juntar ao seu pai? Os Lannister e os Tyrells, quando você cair, verá em Robert, um Rei melhor do que Aerys. Nada fará com que o Baratheon desista da ideia de lhe matar. É a chave para ganhar essa guerra. Ele sabe, e os conselheiros dele também. – O grifo passou a ficar impaciente e andar de um lado para o outro enquanto conversava com o príncipe.

– Você não está errado. – Rhaegar respondeu. – Se eu morrer, é o fim da guerra. É o fim da linhagem dos Targaryens. E é por isso Jon, que eu não posso morrer de forma alguma. – Escute-me Jon. Toda essa guerra começou porque Lyanna decidiu que não queria mais casar-se com Robert. E então, meu pai, fez a maior estupidez de sua vida e matou o Stark em King’s Landing. – Rhaegar fechou seus punhos e o bateu contra a madeira da mesa de forma sutil. – Essa guerra gira entorno de Lyanna e o Rei Louco. – O próprio Príncipe chamou seu pai pela alcunha de que era chamado. Esta que por sinal, levou muitos homens a perderem suas línguas e em algumas situações, a serem executados por Aerys que odiava ser chamado daquela forma.

– Jon. O que vou compartilhar com você aqui, agora, nunca deverá sair desta sala. – O príncipe comentou em um tom sério. Jon concordou com a cabeça e se virou para o Targaryen atento as suas palavras. – Eu fiz um trato com Tywin. Jaime Lannister irá matar o Rei Louco. E quando isso acontecer, marcharemos para King’s Landing com o exército da Campina e das Terras Ocidentais ao nosso lado. – Ele suspirou. – Quando eu me sentar no Trono de Ferro, me casarei com Lyanna, e será o fim da guerra. Não haverá mais motivos para Robert se rebelar no momento que sua prometida, já estiver casada, e quando o Rei Louco, não estiver mais entre nós. – Era esse o plano do príncipe.

Rhaegar estava disposto a conspirar contra o próprio pai para proteger seus familiares. Conspiração essa, que o próprio Aerys já suspeitava, porém, de forma errada. Rhaegar nunca havia conspirado com o pai quando a loucura deste, havia sempre o feito acreditar que sim. O Príncipe só começou suas conspirações, quando percebeu que a loucura do pai, era o motivo de toda aquela guerra, e a provável, extinção da linhagem dos Dragões. “Não vou aceitar que nos leve para cova.” Ele pensou.

– Não queria ter de fazer isso, mas não vejo outra escolha. – Rhaegar sacudiu a cabeça negativamente desgostando da ideia que ele mesmo havia tido. Jon o olhou sem entender o que o príncipe queria dizer, mas logo teria sua resposta. – Busque o Maester, Jon. Tenho uma carta para enviar. – O Connington não segurou sua curiosidade e perguntou: – Uma carta? Para quem? – Rhaegar voltou a se sentar e respondeu de forma seca. – Robert Baratheon. –

Para quem? – Rhaegar voltou a se sentar e respondeu de forma seca. – Robert Baratheon. –

O fiel aliado do Príncipe fico confuso, mas retirou-se da sala para obedecer as ordens que haviam sido lhes dadas. No pátio do castelo um homem era o responsável por manter os soldados de Summerhall em seus pontos. Todos os homens, estavam de prontidão e preparados para qualquer investida de seus inimigos do lado de fora dos muros.

Jon andou pelos corredores e buscou o Maester, que minutos depois, apareceu nos aposentos do Príncipe. O velho homem carregava consigo tinta, papel e uma pena. Era Rhaegar agora quem estava de pé, em frente à sua mesa, andando de um lado para o outro. No entanto, o fazia por motivos diferentes do Connington. Não estava desesperado. Estava pensativo.

– Eu, Príncipe Rhaegar Targaryen, títulos. – Não os ditou um por um. O Maester já os conhecia de cor. – Escrevo para Lorde Robert Baratheon, títulos. – Repetiu como da primeira vez. Seu dedo indicador tocava levemente seus lábios e sua mão segurava seu queixo. – É de meu conhecimento que marcha com suas tropas para Summerhall, Robert. Mas não acredito que esteja ciente das consequências que este seu ato trará para você. Repito, para você. Estás suficientemente ciente do que acontecerá com a guerra e com a minha Casa se continuar com esse seu plano. Mas não faz ideia do que terá de fazer para conquistar essa vitória. – O Príncipe deu uma breve pausa para pensar nas suas palavras seguintes.

– “Uma vitória que para você, no meu ponto de vista, e tenho absoluta certeza que irá concordar comigo, parecerá mais como uma derrota. Está na hora de abrir o jogo com você Robert. Se irá acreditar em minhas palavras ou não, depende apenas de você, mas caso não acredite, esteja pronto para aceitar as consequências quando aparecer nos portões de meu castelo... Lyanna Stark. Eu não a sequestrei. Muito pelo contrário. A libertei. Quando me encontrei com Lyanna ela sentia-se presa a casar-se com um homem pelo qual ela não tinha sentimentos nenhum. E então, ela preferiu a opção de fugir com um homem pelo qual ela era perdidamente apaixonada.” – Rhaegar ditou as palavras, mas antes de escrevê-las, o Maester e o próprio Jon olharam para ele duvidosos. Rhaegar gesticulou para que o homem escrevesse o que havia ditado, e continuou.

– “Você guerreia por uma mulher que não te quer. Derrama sangue. Seu e de seus inimigos, por uma mulher que nunca será sua. Ganhando essa guerra ou não Robert, Lyanna não será sua. Não se casará com você, tens de saber disso. E há mais... Ontem nasceu o primogênito de Lyanna. E meu quarto filho. Sim. Nosso filho...” – Jon interrompeu o Príncipe.

– Tens certeza disso Rhaegar? Contar à ele sobre seu filho, fará com que o garoto receba um enorme alvo em suas costas caso Robert realmente nos destrua. – O Príncipe respondeu ao Connington. – É a única forma Jon. Tenho de acreditar que Robert não é um assassino de bebês, e que muito menos, mataria o filho de Lyanna. Ele não faria isso, acredito. A ama tanto quanto eu. – Rhaegar suspirou, passou a mão em seus cabelos, e assentiu para que o Maester escrevesse aquelas últimas palavras.

– “Isso só pode significar uma coisa Robert. Conhece Lyanna tão bem quanto eu. Sabes o quão teimosa que é, e que nunca abandonaria o que quer. Morreria por isso. Se continuar marchar contra Summerhall, o desfecho dessa história é único. Terás sua vitória, mas não sem o maior dos sacrifícios de sua vida. Além de ter de me matar, terá de matar sua amada, terá de matar o bebê que ela carrega em seus braços agora. Terá que destruir o mundo de Lyanna para no fim, não conquistar o maior objetivo que tens nessa guerra: Tê-la como sua esposa. Ambos sabemos que nessa segunda guerra, não há forma de você sair vitorioso. Abaixe sua espada Robert. Abaixe a espada de seus homens. Tens a minha palavra de que se der fim à rebelião, nem você, nem nenhum de seus seguidores, sofrerão consequência por seus atos. Nem mesmo a loucura ou a fúria de Aerys será capaz de atingi-los. Pense bem Robert. Esse é o momento da vida em que se decide que tipo de homem você quer ser e se tornar. Um homem que dará orgulho aos seus filhos, ou aquele que dará vergonha?
Assinado, Rhaegar Targaryen, Príncipe de Summerhall.”

A carta foi terminada. Minutos depois, o Maester fez voar. E então, algum tempo depois o corvo chegou ao acampamento do Baratheon.

– Robert! – Alguém o chamou com pressa. – Uma carta Robert. Uma carta com o brasão da Casa Targaryen. Veio de Summerhall. – Jon Arryn quem lhe entregou. – Rhaegar. – Robert falou com toda sua fúria. A carta, ainda estava lacrada, e enquanto o Baratheon lia, o seu braço direito, apenas esperava. Jon nunca chegou a ver o conteúdo daquela carta. Ninguém nunca viu. Com exceção do Maester de Summerhall, Jon Connington, o próprio Robert Baratheon, e Rhaegar, ninguém soube das palavras que continha naquele papel.

Quando Robert terminou de lê-la, seu punho encontrou com a mesa de sua tenda com toda força que tinha. A mesa partiu-se de tão forte que havia sido o soco, e o Arryn, disparou a fazer perguntas para Robert. Não houve resposta para nenhuma. Robert jogou a carta ao fogo de sua lareira e a queimou sem deixar que nenhum de seus homens colocassem olhos sobre ela.

– Tirou-me aquilo que me era mais precioso Targaryen. Irei tirar algo de tamanho valor de você. – Robert cochichou e Jon ainda confuso perguntou. – O que disse? – Robert virou seu rosto para o Arryn e deu a ordem que traria o seu fim: – Diga aos homens que estamos levantando acampamento e que temos uma nova direção. – Jon o olhou ainda mais confuso. – Marcharemos direto para King’s Landing. É hora de tomar a Coroa dos Dragões. – Robert furioso. Jon Arryn, Eddard Stark, e outros membros do conselho de guerra de Robert tentou dissuadi-lo daquela ideia, mas ninguém fora capaz. Robert não estava disposto a matar sua amada e seu primeiro filho para ter sua vingança contra Rhaegar. Teria sua vingança ao tirar sua casa do Trono de Ferro, ou pelo menos, era isso que ele pensava que iria fazer.

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FIM DE POV!

Dean

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POVs! Empty POV - Brandon Stark

Mensagem  Dean Dom Jun 11, 2017 8:29 pm


A . B A T A L H A . C O N T R A . O . D R A G Ã O


Coração do Norte, Winterfell - 296DC


POVs! Tenor





     –  Vossa Graça. –  Disse um de seus homens ao entrar em seus aposentos com pressa. –  Nós os encontramos. Os Targaryens não estavam entre eles Vossa Graça. Era uma distração. Cerca de uma dúzia de homens cavalgando para o sul tentando nos enganar. Todos foram mortos, recusaram a se render e lutaram até o fim. –

Brandon olhou o homem claramente irritado, se levantou e deu sua ordem: –
  Traga-me sor Rodrik, agora! – E assim, o rapaz o fez. Não foi necessário muita espera. Rodrik apareceu nos aposentos do Rei e preparado para acatar as ordens do Stark. –  Sor Rodrik. – Brandon iniciou. –  Junte os homens. Dois mil deles. Como está meu irmão e Sor Arthur? – Brandon desejava saber se ambos estariam em condições para marchar com os homens ou não. Ambos haviam sido feridos no resgate e escape de Winterfell realizado por Aegon Targaryen e Barristan Selmy.

  Lorde Eddard está sendo tratado pelo Maester, Vossa Graça. Está em condições de combate, mas infelizmente, não está na posição de se movimentar com rapidez. O Cavaleiro Misterioso lhe cortou a perna, e por isso, seu irmão não está conseguindo andar com facilidade. Quanto a Sor Arthur, o golpe que o atingiu acabou por ser um pouco mais grave. Sor Arthur diz estar em condições de lutar, mas o Maester sugeriu que o homem ficasse de repouso e descansasse por um determinado tempo até poder voltar à ativa.  – Rodrik deu a resposta completa para seu Rei.

  Chame Lyn Corbray. Você também irá comigo Sor Rodrik. – Antes que o Mestre de Armas de Winterfell tivesse chance de perguntar, o Rei continuou sua fala. –  Iremos para a Muralha. Montados. Os Targaryens não foram estúpidos de marchar para o sul com esperanças de escapar de nossas forças. Eram iscas, e se não foram para o sul, só pode ter um lugar para o qual estão indo: a Muralha. Precisaremos de todos os Cães de Caça também. Leve-os imediatamente para os aposentos de Aenar e Rhaenys, com toda certeza irão captar o cheiro dos dois e vão nos levar até eles. – O Rei do Norte terminou de dar suas ordens, e o fiel súdito concordou com a cabeça e se retirou dos aposentos para cumprir suas ordens.

  Não vão escapar. – Brandon cochichou para si mesmo, e então, sua voz ecoou por toda a sala e pelo corredor, onde alguns guardas faziam a guarnição de seus aposentos. –  Tragam-me o Maester. Digam-no que tenho de enviar uma carta para meu irmão na Muralha.  – 

Horas depois, os nortenhos já estavam em cima de suas montarias e em direção ao norte. Um corvo havia sido enviado pelo Rei do Norte para Benjen Stark, na Muralha. A pé, os Targaryens levariam pelo menos quatro dias para chegar lá, o corvo, levaria apenas um. Benjen nunca deixaria com que os Dragões fugissem de seu irmão, e não muito tempo, o próprio Brandon chegaria lá.

Era como o Stark havia planejado tudo. Infelizmente para ele, planos nunca acontecem como realmente deveriam. Ao chegar na Muralha, a triste notícia. O portão de Castle Black se abriu, e o Lorde Comandante da Patrulha da Noite veio receber o Rei do Norte. Havia ficado à ele incumbido em dar a notícia ao Stark. Uma tarefa que muitos temeriam em realizar, levando-se em conta que, muitos conheciam o jeito explosivo do Rei.

  Vossa Graça.  – Lewyn Qorgyle começou. Estavam nos aposentos do Lorde Comandante, e antes que este tivesse a oportunidade de continuar, Brandon elevou sua voz e em seu jeito autoritário, começou a fazer perguntas: –   Onde estão os Targaryens?  – Foi a primeira coisa que perguntou, afinal, ele realmente acreditará que Benjen iria mantê-los ali a qualquer custo. O Qorgyle, apenas negativou com a cabeça, dando a entender que não havia nenhum Targaryen ali. –   O quê?! Onde está meu irmão? Traga-me Benjen, agora! – Continuou com o tom autoritário. Era mais do que claro que o Rei não estava feliz. Seu modo de agir impulsivo e explosivo só havia piorado depois que seus reféns foram resgatados de baixo de seu próprio nariz.

   Há algo que precisa saber Vossa Graça... – Lewyn falou receoso. Brandon apenas gesticulou sem muita paciência para que o homem dê-se continuidade. –   Benjen Stark está morto. – Ele terminou. Brandon aproximou-se com rapidez do homem e suas mãos foram de encontro ao Lorde Comandante, empurrando-o contra a parede. –   O que você disse?! – Perguntou desconcertado. Naquele momento, o Qorgyle chegou a pensar se deveria contar toda a história para o Rei do Norte. Se aquilo já tinha atiçado sua ira, imagina quando ouvisse sobre sua irmã.

   Quem o matou? Quem foi?!  – Brandon gritava. –   É bom você ter a cabeça do sujeito para ser entregue a mim.  – Lewyn fitou-o nos olhos e tento o afastar de cima de si. Tinha de escolher suas palavras com cuidado naquele momento. Brandon Stark tinha força o suficiente naquele momento para matar todos os Patrulheiros de Castle Black sem muitas dificuldades. E ele o faria, se o Lorde Comandante lhe desse uma razão, um motivo. Tinha certeza disso. –   Ninguém o matou Vossa Graça. Há algo a mais na história. Sente-se e o contarei. – Ele tentou ser racional com o homem. Não tinha como, Brandon já estava perdendo a cabeça. –   Me sentar o caralho!  – Brandou continuou a gritar e dessa vez, apontou o dedo indicador na cara do Qorgyle. –   Desembucha logo antes que eu perca completamente minha paciência!  –


   Havia um cavaleiro desconhecido viajando com os Targaryens quando eles chegaram. – Brandon assentiu com a cabeça sabendo que aquilo era verdade. –   – Sim. Usando como brasão uma Árvore que Ri. Meus homens me contaram. –  O Rei ainda tinha um tom de voz elevado e desconcertado, mas agora pelo menos, havia diminuído um pouco, levando-se em conta que finalmente, o Lorde Comandante estava falando. –   Nós descobrimos a identidade desse cavaleiro. Mas infelizmente, tarde demais. Benjen tentou parar os Targaryens de cruzar a Muralha, e por isso, entrou em um combate com esse cavaleiro misterioso e por fim, o matou. – Ao escutar Lewyn falar aquilo, por cerca de pelo menos um segundo, Brandon ficou aliviado. O irmão havia matado o inimigo, naquele ponto de vista. –  Esse cavaleiro... – Hesitou. –   Ele... – Gaguejou por um segundo e por fim, falou de uma vez. –   Era sua irmã, Vossa Graça. O cavaleiro misterioso, no fim, se mostrou ser Lyanna Stark. –

   O quê?!   –  Brandon pareceu perdido. –   O que você disse?!   – Perguntou em um tom baixo agora. Não estava acreditando no que havia ouvido. Ou pelo menos, preferia não acreditar. –  Você está querendo me dizer que... – Foi interrompido. –   Sim. É o que estou querendo lhe dizer Vossa Graça. Seu irmão matou sua irmã sem saber que era ela. Benjen matou o cavaleiro misterioso, e somente quando ela estava caída no chão com um golpe fatal em seu peito, que seu elmo caiu do resto e sua identidade fora revelada. – Brandon abaixou a cabeça e começou a movê-la em negação. “Não. Não. Não. Não” Repetiu várias vezes sem acreditar. –   Seu irmão Vossa Graça... Ele não resistiu o remorso de seu ato e se jogou do topo da Muralha. – O Lorde Comandante terminou. Brandon continuou repetindo o movimento e sua fala anterior, perdido e não crendo no que lhe era dito. –   Vossa Graça... Estás bem? – Fez uma pergunta estúpida, mas sentiu-se na obrigação de fazer. Brandon levantou o rosto e olhou com toda ira do mundo para o Lorde Comandante que, naquele momento, imaginou que sentiria todo aquele ódio do Rei em sua pele.

  Saía. – Brandon falou quase cochichando. –  Vossa Graça? – Lewyn perguntou e a resposta do Rei veio dessa vez, em um grito tão alto que talvez os príncipes de Dorne tenham escutado. –  SAÍA. DA. MINHA. FRENTE.  – Falou cada uma das palavras pausadamente. Lewyn concordou com a cabeça, e imediatamente deixou os aposentos em que estavam. Brandon permaneceu dentro daquele local por cerca de duas horas, e nesse meio tempo, seus gritos, o barulho de objetos quebrando e de destruição, pode ser ouvido por todo o castelo.

Quando o Rei finalmente saiu de dentro dos aposentos, se dirigiu de imediato aos seus homens e ao Lorde Comandante. –
   Traga-me os corpos de meus irmãos e os entregue aos meus homens.  – Brandon ordenou e o Qorgyle se contrapôs. –  Vossa Graça... Benjen Stark era um membro da Patrulha da Noite. Um irmão para nós também. – Brandon agarrou Lewyn pelo pescoço e o colocou contra a parede com toda força que tinha. O Lorde Comandante grunhia tentando respirar e alguns de seus Patrulheiros começaram a se movimentar para ajuda-lo, mas pararam quando o próprio Lewyn, com dificuldade, gesticulou com sua mão para que não viesse.

  E onde vocês estavam para impedir que meu irmão... – Não terminou a frase. –  A vigília dele acabou. Meu irmão é um Stark e será enterrado como um em Winterfell. –O Rei soltou o comandante que caiu de joelhos tossindo e com falta de ar. Ofegante, ele se levantou e assentiu com a cabeça. Sabia que não havia forma de mudar a cabeça do Rei do Norte, e atiçar ainda mais a fúria do homem, não era o que ele queria. –

Dentro de minutos, os corpos de Lyanna Stark e Benjen Stark foram dados a vinte homens montados de Brandon que de imediato, iniciaram a viagem de volta para Winterfell. O Rei do Norte, inconsolado e em busca de vingança, deixou o ódio lhe consumir a ponto de naquele momento, nem mesmo olhar para o corpo de ambos.

 Sor Rodrik! – Ele gritou. – Vamos continuar nossa viagem. Para Além da Muralha. Vamos encontrar esses malditos Targaryens. Cada um deles. E vamos fazê-los se arrepender de um dia, terem cruzado nosso caminho. – Subiu em seu cavalo. – Essa guerra era pela independência e liberdade do Norte. Não mais. Agora o meu objetivo é extinguir essa raça, essa Casa maldita. Prometo diante dos Deuses Antigos. Prometo em nome dos meus antepassados... Não descansarei até que todos os Targaryens percam suas cabeças e decorem meu salão. –

E com aquela promessa feita, Brandon e seus homens partiram para Além da Muralha dando continuidade à sua caça. Cerca de dois dias depois, as montarias tiveram de ser deixadas para trás. Não havia como o exército de Brandon continuar avançando no tamanho em que estava montado. No próximo dia, foram quando os cães começaram a latir. “Estamos perto Vossa Graça” um dos homens lhe disse, e o Rei então, mandou todos apressar os passos.

No quarto e último dia de perseguição, horas antes de encontrarem os Targaryens, passaram por um acampamento improvisado e abandonado às pressas. “A fogueira ainda está quente Vossa Graça. Estão no máximo duas horas de nós.” Os perseguidores disseram. Brandon ainda não havia entendido com qual intuito os Targaryens estavam viajando tão afundo ao norte, mas as horas seguintes serviram de explicação para o Stark.

Quando o Rei chegou no topo daquele morro e viu os lealistas Targaryens aglomerados em Hardhome, ele logo entendeu. Foi capaz de ver a Frota Real atracada perto da vila dos selvagens e foi aí que a ficha caiu. As notícias da Frota Real ter rumado ao norte, mas nunca ter aportado em suas terras ainda estava fresca em sua cabeça. O objetivo daquela Frota não era atacar o Norte... A fúria consumiu o Rei, que naquele momento, já pôde ver cerca de pelo menos, uma dúzia de seus homens caídos na descida daquele morro sobre a neve. Seus olhos se encontraram com Príncipe Aegon que corria com seu braço completamente ferido para Hardhome, enquanto seus homens, faziam uma cobertura para assegurar sua chegada segura.

Brandon ordenou que seu exército descesse o morro, e depois de tentar e falhar em resolver aquela situação sem a necessidade de derramar o sangue de seus homens, começou a posicionar seus homens para a batalha. Claro que, Brandon nunca teve a intenção de aceitar a rendição dos Targaryens em si, arrancaria suas cabeças sem pensar duas vezes, mas talvez, poupassem os soldados que haviam viajando para o inferno gélido. Agora, não havia três cabeças de Dragão por ali. Não era mais como no próprio brasão da Casa Targaryen. Vaelyx Targaryen estava ali. O príncipe de Dragonstone formou a quarta cabeça, e Brandon, estava intencionado a ter todas as quatro cabeças para si.

 Vossa Graça! – Um dos homens que estava mais acima do morro veio correndo ao seu encontro. – Estão enchendo os botes e recuando senhor. Estão recuando para seus navios. Se demorarmos mais, iremos perde-los! – E então, o Rei finalmente deu a ordem. A ordem que iria desencadear mais derramamento de sangue e dor. A ordem que iniciou aquela batalha. Batalha que ficaria conhecida como: “A Batalha do Dragão Morto”

O Rei do Norte veio na vanguarda. Brandia a legendária espada valiriana de sua Casa, Ice. Ao seu lado estava Lyn Corbray e Rodrik Cassel. Dois homens que o Rei tinha total confiança em sua lealdade e convicção para com a sua causa. O portão de madeira de Hardhome havia sido reforçado, mas não lhes comprou muito tempo. Não havia amuradas para que os arqueiros atrás da fajuta muralha subissem e atirassem, portanto, por detrás mesmo da muralha, sem visão alguma, levantaram seus arcos e fizeram flechas chover sobre os nortenhos. Não foi tão efetivo quanto gostariam, mas foram capazes de dar algumas perdas para o Rei do Norte.

Enquanto o portão era assaltado, Vaelyx Targaryen gritava suas ordens à espera da invasão do Stark. – PRIMEIRA FILEIRA, LANCEIROS! SEGUNDO FILEIRA, ARQUEIROS! INFANTARIA PREPARAR PARA AVANÇAR! – O príncipe berrava com toda força que seus pulmões o fornecia. – DESCER LANÇAS, PRENDER ESCUDOS. – Gritou para a fila da frente, e os homens, apontaram suas lanças para frente, todos em conjuntos. – NÃO TEMAM HOMENS! – Foi o que disse e segundos depois, o portão de madeira veio a baixo. – FOGO! – Gritou e os arqueiros fizeram chover flechas em cima dos nortenhos que vinham a frente. Uma dúzia caiu naquela saraivada, mas enquanto os arqueiros recarregavam suas bestas e preparavam novamente seus arcos, os nortenhos invadiram com força total.

Brandon Stark era um deles. O Rei do Norte correu em direção aos lanceiros, e para evitar ser empalado pelas lanças que estavam retas em sua direção, bateu com sua lâmina na arma dos inimigos, empurrando-as para o lado. Alguns de seus homens, não tiveram a mesma sorte ou velocidade, e acabaram correndo direto na ponta das lanças.

Os lanceiros tentavam cravar por cima de seus escudos, sua arma em seus inimigos. Mantinham os escudos em frente de seus corpos, e tentavam segurar os nortenhos de passar da primeira fileira. Nesse mesmo tempo, mais flechas começavam a chover sobre os homens Starks. Estes, que tentavam de todas as formas ultrapassar pela barragem que havia sido criada. Os homens golpeavam com suas espadas e machados por cima dos escudos, por de baixo, pelos lados e por qualquer outra brecha que os inimigos oferecessem. Brandon Stark, desceu Ice em cima pelo menos quatro escudos, e os partiu sem dificuldades, dando a brecha necessária a seus homens para que prosseguissem.

 INFANTARIA, ESPADAS! ARQUEIROS, RECUAR! – Vaelyx gritou ao ver que uma brecha havia sido aberta. “Tão rápido?” O Targaryen se perguntava. Os soldados que estavam mais atrás puxaram suas espadas e machados e passaram para o lugar de onde os arqueiros estavam: a segunda fileira. E estes, foram para a fileira de trás, a terceira. – LANCEIROS... – Vaelyx gritou. – ABRIR! – E surpreendentemente, seus homens acompanharam suas ordens. A primeira fileira abriu um grande buraco fazendo com que os nortenhos que empurravam com força avançassem com violência e rapidez. Alguns, perderam o equilíbrio e até mesmo caíram no chão. – FECHAR! – Vaelyx gritou novamente ao ver que a abertura já havia feito alguns nortenhos passar para a segunda fileira.


Para aqueles que haviam passado o destino foi somente um: a morte. O massacre foi intenso. Os nortenhos ficaram cercados tanto nas costas, quanto na frente pelos lealistas, e descompostos, sendo que alguns, haviam até mesmo caídos, não tiveram chances. Os lealistas caíram sobre eles e os massacraram ali. – ABRIR!  – Vaelyx repetiu, e os homens fizeram o mesmo movimento. Dessa vez, os Nortenhos estavam esperando pela mesma armadilha. Brandon Stark invadiu a segunda fileira girando sua enorme espada e afastando todos os lealistas que caíram sobre seus homens. Enquanto Lyn Corbra, aproveitando estar na retaguarda dos lanceiros que mantinham a primeira fila, começou abrir mais espaço ainda para os nortenhos. Rodrik Cassel, liderou agora uma massiva quantidade de homens que ficaram entre as duas fileiras de defesas, e assim, a primeira linha de defesa de Vaelyx veio a ruir. Quem havia ficado entre os inimigos agora foram os lanceiros, e não tiveram muitas chances.

 ARQUEIROS, ABANDONAR ARCOS, DESEMBAINHAR ESPADAS!  – Vaelyx deu a ordem e os homens obedeceram. Naquela altura do campeonato, disparar flechas era perigoso. Podiam acertar tanto aliados quanto inimigos. O Targaryen que até o momento havia ficado atrás das linhas de defesas dando suas ordens, se junto ao combate. Puxou sua espada e foi até a segunda e última linha, sendo que a terceira, havia se juntado a própria segunda. Barristan Selmy já estava no meio daquela linha, e o velho cavaleiro, lutava como se vinte anos tivesse. Nenhum soldado nortenho havia sido capaz de feri-lo ainda, e os corpos, apenas haviam começado a se amontoar em frente aos seus pés.

A batalha se intensificou quando Lyn Corbray se encontrou uma vez mais, com Barristan Selmy. Ambos os hábeis cavaleiros entraram em confronto, e os homens não ousaram em se interpor naquele combate. Lyn veio com ferocidade para cima do Lorde Comandante da Guarda Real. Desceu sua espada valiriana sobre o homem algumas vezes, e este, teve sua espada partida pela lâmina lendária de Lyn. Encontrava-se agora, mais uma vez, em um combate contra um homem armado, e ele sem. Lyn veio para cima de si com toda velocidade que tinha e brandiu a espada contra o velho cavaleiro pelo menos uma dezena de vez. Barristan usou de toda velocidade que tinha ainda em seu corpo, e talvez, até mesmo, de uma velocidade que já havia perdido há anos atrás. Dançou junto de Lyn. Abaixou-se quando a espadada veio por cima, e a deixou passar por sua de sua cabeça. Girou o corpo para o lado quando a lâmina do inimigo cortava ao ar de cima para baixo. Saltou quando o homem tentou lhe cortar as pernas. Jogou o corpo para trás quando uma estocada tentou, e por fim, jogou seu corpo no jogou e rolou para trás de seu inimigo com toda velocidade que tevem. Uma lâmina qualquer estava caída na neve. Não sabia se aquela espada pertencia a um dos homens lealistas ou um dos nortenhos, mas foi com ela que atingiu Lyn Corbray. Fincou a lâmina no abdómen do cavaleiro do vale e a atravessou por todo seu corpo.

Recuou, deixando a lâmina presa no inimigo, e esperou para ver se havia sido o fim dele. Lyn se mostrou mais forte e resistente do que acreditavam. O cavaleiro do vale caiu de joelhos quando recebeu o grave golpe de Barristan, mas não se deu por vencido. Por um segundo, seu corpo parou, mas no outro, o Corbray voltou a se erguer e cortar o ar com Lady Forlorn para afastar seus oponentes. Três lealistas caíram pelo brandir de sua espada, até que Barristan Selmy, ainda desarmado, agarrou seu braço da espada, e terminou seu trabalho cortando o pescoço de Lyn com sua própria espada. Lyn Corbray, o portador da espada de aço valiriano, Lady Forlorn, acabara por ser morto por aquela mesma lâmina.

Quando o corpo de Lyn tocou o chão, os lealistas vibraram em comemoração. Mas não por muito tempo. No centro, no ápice de todo aquele combate, em um lugar muito próximo de onde Lyn e Barristan lutavam, havia o combate dos líderes daqueles dois exércitos. Um círculo havia se aberto para ver o choque de ambos os homens. Brandon Stark lutava pessoalmente com Vaelyx Targaryen.

O combate já estava em seu ápice. Brandon já tinha um ferimento em seu braço, assim como Vaelyx também tinha um corte profundo em seu rosto. Foi quando o Rei do Norte levantou sua enorme espada e desceu contra o peito de Vaelyx, que o Targaryen cedeu. O ferimento de uma semana atrás, causado pelo bárbaro Thenn, não havia se curado ainda, e isso, fez com que o príncipe de Dragonstone vacilasse em sua defesa. Ice cravou-se o peito de Vaelyx e desceu até quase seu peito. O Targaryen caiu de joelhos no chão, já gravemente ferido, mas Brandon sedento por vingança e movido por sua ira, não parou por ali. Girou sua espada com ferocidade e a levou de encontro ao corpo de Vaelyx, que no último segundo, conseguiu levantar com muito esforço, sua própria espada para se defender. Ambas as lâminas tinham o mesmo tamanho, ambas as espadas eram grandes e os dois portadores precisavam de ambas as mãos para manuseá-las. E apesar da lâmina de Vaelyx ser de um material de extrema qualidade, não se comparava a lenda do aço de valiria. A espada do príncipe Targaryen se partiu, e o mesmo, teve seu coração varado pela Ice de Brandon Stark. Quand o Rei a retirou do corpo do Targaryen, sangue jorrou para todos os lados e batizou a neve com todo sangue real que espirrou do homem.  

Dessa vez, os nortenhos foram quem gritavam em comemoração. Com a morte do líder do exército Targaryen, a moral do exército foi por água abaixo. Os homens entraram em desespero, e o caos se instaurou para os lealistas em campo de batalha. Barristan Selmy tomou as rédeas do combate e tentou organizar os homens da melhor forma que conseguiu, mas naquele momento, o exército lealista já era atacado por duas frontes de combate. Lyonel Baratheon já havia atracado no porto improvisado de Hardhome e já estraçalhava a retaguarda do exército Targaryen. Os berrantes dos Baratheons já haviam tocado a minutos atrás, antes mesmo das mortes de Lyn e Vaelyx, e os nortenhos, já os vinham como aliados naquele centro de combate.

Barristan fez o seu melhor por vários minutos, e com os homens mais corajosos ao seu lado, continuou dando trabalho para ambos os exércitos que os massacravam. E foi aí que aconteceu. Seis minutos depois. Apenas seis. O evento que fez todos os homens derrubar suas espadas. O evento que fez com que todos os homens presentes tremessem de medo. Engolissem a própria saliva, gélida e seca, e rezassem para os Deuses que acreditavam por sua proteção...

O Dragão voltou a se levantar. Vaelyx Targaryen, que minutos atrás havia sido morto, levantou-se com sua espada partida em mãos. Todos os homens presentes pararam de combater e olharam para aquela cena. Principalmente Brandon, que não acreditava em seus olhos. O corpo do Targaryen já estava tomado pelo frio e pela neve. Sua pele tinha tomado uma coloração pálida, quase azul, e em seu corpo, já não havia mais uma gota de sangue. Todo o seu sangue, havia jorrado e derramado sobre a branca neve, que agora, era vermelha.

Quando Vaelyx levantou seu rosto e olhou para os homens, seus olhos já não eram mais púrpuras, e sim azuis. Um azul tão claro como o céu. Um azul horripilante e aterrorizante. “O DRAGÃO MORTO!” Os gritos começaram. E junto dos gritos o pânico e o debandar. Os Baratheons começaram a voltar para seus barcos, os Nortenhos, corriam morro acima, e os lealistas, corriam em busca dos poucos botes que restavam.

Os mais corajosos, aventuraram-se em enfrentar o Dragão Morto. Lâminas o cortaram, e o partiram dezenas, mas no fim, não havia ferimento que o parasse. Vaelyx Targaryen desceu sua lâmina partida contra aqueles que foram tolos ou corajosos para enfrenta-lo, e ceifou suas vidas sem nenhuma misericórdia. Nenhuma palavra havia sido dita por ele desde que havia se levantado novamente. Apenas seus urros de guerra podiam ser ouvidos, e não importava quem estava na sua frente, se era nortenho, lealista ou Baratheon, o Dragão Morto passou a matar todos que estavam em sua frente sem piedade alguma.

No fim, Brandon Stark teve de ser retirado de combate por Rodrik Cassel, e assim, tanto as forças Starks, quanto as dos Targaryens e Baratheons, recuaram e se retiraram de Hardhome. Deixando naquele vilarejo, apenas o Dragão Morto e os mortos...


Dean

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